Baronovsky: Doria e Moro são antagônicos e vão dividir votos antipolarização
No quadro Liberdade de Opinião desta segunda-feira (29), comentarista avalia possibilidade de aliança entre João Doria e Sergio Moro para as próximas eleições
No quadro Liberdade de Opinião desta segunda-feira (25), o comentarista Ricardo Baronovsky analisa uma possível chapa entre João Doria, candidato vencedor das prévias do PSDB, e Sergio Moro, do Podemos, para as eleições presidenciais de 2022.
Em entrevista exclusiva à CNN, o governador de São Paulo destacou a união na chamada terceira via e elogiou o ex-ministro da Justiça e Segurança Pública. “Sim, é possível [unir-se nas eleições]. Tenho uma boa relação com Sergio Moro e tenho respeito por ele. Mantemos boas relações e não teria porque não manter boas relações com alguém que ajudou o Brasil, com alguém que contribuiu com a Lava Jato”, afirmou o tucano.
Para o advogado Ricardo Baronovsky, a possibilidade, porém, é nula. “São dois candidatos antagônicos, totalmente diferentes. São adversários políticos, porque os dois dividem os votos da antipolarização. Tanto o Moro, quanto o Doria e outros candidatos que pulverizam a terceira via, eles dividem os votos”, disse.
Ainda segundo o comentarista, a vitória de Doria nas prévias do PSDB, após problemas com o aplicativo de votação, era previsível. “A campanha intrapartidária do Dória não começou nestas prévias, começou muito antes, já com a bandeira da vacinação. A intenção do Dória de concorrer à Presidência já vem de dois anos, e o resultado nada mais é do que o esperado. Ele é um obstinado.”
Com a definição no partido, o atual governador precisará deixar o Palácio dos Bandeirantes até abril do ano que vem. Já o registro oficial dos candidatos deve ser feito até 15 de agosto.
Baranovsky destaca, porém, a data de 16 de agosto como momento mais interessante, quando terá início a propaganda eleitoral. Ele rechaçou as acusações de “campanha antecipada” feitas a diversas pré-candidaturas até o momento.
“Muitos candidatos da terceira via estão narrando que há campanha antecipada. Inverdade, não. O artigo 36-A, da lei das eleições, diz que não configura campanha antecipada a exaltação de qualidades pessoais, convenções intrapartidárias… o que não pode ocorrer é o pedido explícito de voto”, explicou.
O Liberdade de Opinião teve a participação de Fernando Molica e Ricardo Baronovsky. O quadro vai ao ar diariamente na CNN.
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