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    Retirar máscara em local aberto é seguro, mas requer cuidados, diz infectologista

    Para Alexandre Naime Barbosa, da Unesp, população precisará agir com responsabilidade após liberação do uso do equipamento de proteção ao ar livre

    Fabrizio Neitzkeda CNN , Em São Paulo

    Após a decisão do governo do estado de São Paulo de tornar o uso de máscaras opcional em locais públicos, o chefe do departamento de infectologia da Universidade Estadual Paulista (Unesp), Alexandre Naime Barbosa, afirmou que a medida é segura, mas exige responsabilidade da população.

    Para Barbosa, a questão é “paradoxal” e envolve uma série de fatores. Apesar do cenário epidemiológico atual ser favorável – 93% da população adulta do estado já completou o esquema vacinal – e permitir abrir mão do uso de máscara, o infectologista teme que a mensagem passada à população seja mal interpretada.

    “Se nós abrirmos mão da máscara em ambiente aberto, isso realmente será cumprido à risca?”, indagou.

    “[O Estado passar parte da responsabilidade para o cidadão] é completamente necessário em uma pandemia. Temos que lembrar que somos todos cidadãos e responsáveis pela saúde pública”, disse.

    “Eu ouço muitos argumentos como ‘o brasileiro não tem maturidade para a flexibilização’. Não vejo dessa forma. A ciência precisa ser transparente. Na situação atual, o risco de contágio é muito baixo. Mas cabe ao cidadão a responsabilidade de levar consigo sempre uma máscara e usar quando for necessário.”

    O médico também comentou sobre a possibilidade de realização do carnaval em 2022, após diversos prefeitos do interior do estado afirmarem que não patrocinarão a festa por temerem uma evolução da pandemia.

    “É impossível dizer como vai estar a situação epidemiológica a uma, duas semanas antes do carnaval. Se mantivermos os ritmos de decaimento que estamos tendo, provavelmente haverá uma situação que permita ter o carnaval.”

    O anúncio da flexibilização das máscaras foi feito na quarta-feira (24) pelo governador João Doria (PSDB) e será válido a partir de 11 de dezembro. As prefeituras dos 645 municípios paulistas, porém, poderão optar por manter a restrição. Na capital, o prefeito Ricardo Nunes declarou à CNN que irá seguir a medida.

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