Cidade na Rússia entra em estado de emergência após ataque da Ucrânia
Autoridades atribuem aos ucranianos o lançamento de drones que danificaram edifícios e feriram uma criança
O prefeito da cidade de Voronezh, no sul da Rússia, declarou estado de emergência nesta terça-feira (16) após o que autoridades disseram ter sido um ataque de drone lançado pela Ucrânia que danificou vários edifícios e feriu uma criança.
Pessoas de pelo menos um prédio de apartamentos foram evacuadas para uma escola próxima depois que destroços de drones provocaram um pequeno incêndio e explodiram janelas, disse o prefeito Vadim Kstenin no aplicativo de mensagens Telegram.
As janelas de outros edifícios também foram quebradas, disse ele, acrescentando: “O estado de emergência introduzido na cidade irá permitir uma implementação imediata de medidas para substituí-las”.
O governador da região, Alexander Gusev, disse em seu canal Telegram que uma criança ficou ferida quando destroços de um drone caíram em seu prédio.
No seu canal Telegram, o Ministério da Defesa russo disse ter destruído cinco drones e interceptado outros três durante a noite na região de Voronezh, que faz fronteira com a Ucrânia. A cidade de Voronezh é o centro administrativo da região.
O ministério também disse que interceptou quatro drones na região vizinha de Belgorod, na Rússia.
Voronezh, uma cidade com mais de 1 milhão de habitantes, fica a cerca de 250 quilômetros da fronteira com a Ucrânia.
Não houve comentários imediatos por parte da Ucrânia. Kiev intensificou os seus ataques aéreos nos últimos meses, no que diz serem ataques contra a infra-estrutura militar russa para minar os esforços de guerra de Moscou.
A Rússia tem uma base aérea perto da cidade de Voronezh, onde estão baseados alguns bombardeiros Sukhoi Su-34, segundo a mídia russa. A Rússia frequentemente utiliza caças-bombardeiros durante ataques aéreos à Ucrânia.
O portal de comunicação russo Shot informou no Telegram que pelo menos 15 explosões foram ouvidas perto da base aérea e alguns destroços de drones caíram nas proximidades, em um prédio de apartamentos.
A Reuters não pôde verificar as informações de forma independente.
(Reportagem de Lidia Kelly, em Melbourne; edição de Jamie Freed e Miral Fahmy)
