PT quer acelerar volta de Marta para iniciar caravana com Boulos na periferia
Marta deve se sentar ainda nos próximos dias para uma conversa com o prefeito Ricardo Nunes (MDB) e deixar o posto de secretária municipal de Relações Institucionais na administração municipal
A ex-prefeita de São Paulo, Marta Suplicy, deve iniciar já nos próximos dias os preparativos para se filiar novamente ao PT e assumir o posto de vice na chapa de Guilherme Boulos à Prefeitura de São Paulo, avaliam líderes petistas ouvidos pela CNN.
Marta deve se sentar ainda nos próximos dias para uma conversa com o prefeito Ricardo Nunes (MDB) e deixar o posto de secretária municipal de Relações Institucionais na administração municipal.
O convite para que Marta ocupe a vice de Boulos foi formalizado ontem pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, com quem ela se reuniu no Palácio do Planalto.
Oficialmente, Marta está “analisando” a proposta, disse à CNN o deputado Rui Falcão, que acompanhou a ex-prefeita no encontro. Na prática, como é praxe em situações do gênero, o convite só foi formalizado após um aceno da ex-prefeita.
A expectativa na campanha do PSOL é que todos os trâmites para a filiação da ex-prefeita estejam solucionados até a segunda quinzena de janeiro, quando Boulos deve retornar de viagem.
O deputado tirou algumas semanas para descansar com a família na virada do ano e também previu visitas a grandes cidades no exterior neste início de ano, para conhecer experiências de gestão urbana.
Assim que for possível, Marta será incorporada ao Movimento Salve São Paulo, que foi criado para servir de base à pré-campanha de Boulos e deve incluir caravanas pela cidade de São Paulo.
A forte popularidade conquistada por Marta na periferia, em especial, é tida como seu principal capital político.
O pedido de demissão de Marta da prefeitura deve se dar em clima de desconforto. Sua ida ontem a Brasília foi feita sem qualquer aviso prévio a Nunes, informou o analista da CNN Pedro Venceslau.
Apesar do noticiário sobre as negociações, o prefeito vinha declarando publicamente que confiava na secretária e que esperava que ela o informasse caso as conversas fossem para valer.