Sob chuva fina, ato na Catedral do Rio celebra 90 anos do Cristo Redentor
Réplica do coração do monumento foi levado para a celebração na Catedral Metropolitana do Rio de Janeiro
[cnn_galeria id_galeria=”533154″ title_galeria=”Celebração dos 90 anos do Cristo Redentor”/]
Sob uma chuva fina, a réplica do coração de pedra sabão que fica no interior do Rio Redentor foi trazido para a Catedral Metropolitana do Rio de Janeiro na manhã desta terça-feira (12).
Pelo mau tempo, a comemoração dos 90 anos do Cristo não aconteceu aos pés de uma das sete maravilhas do mundo moderno. Nada que atrapalhasse a importância da data.
“Em todos os momentos, mesmo com chuva, com nuvens, nós sabemos que acima delas está o sol. E Deus está cima de tudo. Então nós sabemos que, mesmo não podendo celebrar lá no Cristo Redentor a data festiva de 90 anos, em qualquer lugar do mundo, nós o vemos presente no coração das pessoas, no bem que se faz, no acolhimento, na fraternidade. Por isso mesmo que Ele quis que nós olhássemos mais amplamente, não apenas para o monumento, mas sim para aquilo que ele representa: a certeza de tempos melhores”, disse o arcebispo do Rio, Cardenal Orani João Tempesta, momentos antes de começar o evento.
A programação do aniversário começou pouco depois das 7h da manhã com um Ato Cívico Religioso e uma Missa em Ação de Graças pelos 90 Anos do Cristo Redentor e honra à Nossa Senhora Aparecida, Padroeira do Brasil.
Além do evento de abertura da comemoração, que contou com a presença de autoridades públicas e religiosas, a Arquidiocese programou uma série de atividades para os próximos quatro dias, incluindo shows, oficinas, artesanato, vila sustentável e assistência à população.
“O monumento lembra tudo aquilo de positivo e, pelo fato de ter sido construído por todos os brasileiros, mostra que, na unidade com Cristo, nós podemos fazer coisas boas também”, disse o Cardeal.
Presente no evento, o prefeito do Rio, Eduardo Paes, afirmou que “o Cristo representa, para os cristãos, um momento de fé e de esperança”.
História do Monumento
A construção do monumento foi sugerida pela Princesa Isabel em 1888, mas o projeto foi cancelado por conta da Proclamação da República.
A ideia foi retomada em 1921, com a escolha do desenho feito pelo engenheiro e arquiteto carioca Heitor da Silva Costa.
Na versão original, o Redentor tinha uma cruz num braço e um globo terrestre no outro, mas o apelido de “Cristo da Bola” gerou críticas, inclusive da Escola Nacional de Belas Artes. Com isso, o projeto foi readequado e chegou à versão final — de braços abertos sob a Guanabara.
A estátua do Cristo Redentor foi elaborada num esquema híbrido: o molde veio num navio da França para o Brasil. Feitas pelo escultor francês Paul Landowski, as peças foram finalizadas em São Gonçalo e levadas ao topo da Floresta da Tijuca.
A montagem começou de cima para baixo — primeiro foi colocada a cabeça, depois, o restante dos itens com a ajuda de um sistema de cabos e roldanas.
As obras duraram cinco anos: começaram em 1926 e terminaram em 1931.