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    Lenda do xadrez processa Netflix por fala sexista em “O Gambito da Rainha”

    Nona Gaprindashvili é retratada na série "O Gambito da Rainha" como uma enxadrista que nunca enfrentou homens

    David ChkhikvishviliMaria Vasilyevada Reuters

    Nona Gaprindashvili, a primeira mulher do mundo a se tornar mestre de xadrez, iniciou um processo de difamação contra a Netflix, pedindo US$ 5 milhões (R$ 26 milhões na atual cotação), por uma fala da minissérie “O Gambito da Rainha”, que seus advogados disseram ser “falsa” e “sexista”.

    O ícone soviético de xadrez de 80 anos, uma heroína em sua nativa República da Geórgia, foi descrita no último episódio como uma campeã que “nunca enfrentou homens”.

    O processo aberto em nome de Gaprindashvili em um tribunal federal da cidade norte-americana de Los Angeles, disse que a referência a ela “diminui suas conquistas diante de uma audiência de milhões de pessoas”.

    Os documentos legais vistos pela Reuters dizem que a pentacampeã mundial foi “a primeira mulher da história a atingir a condição de grande mestre internacional de xadrez entre homens”.

    A Netflix não respondeu de imediato a um pedido de comentário, mas segundo citações da mídia norte-americana se “defenderá vigorosamente no caso”.

    “Acreditamos que esta queixa não tem mérito”, disse um porta-voz da gigante do streaming do Estados Unidos, segundo uma citação.

    “O Gambito da Rainha”, baseada em um romance de 1983 de Walter Tevis, conta a história da jovem órfã Beth Harmon, que se torna a melhor enxadrista do mundo no período da Guerra Fria.

    Ela é descrita pela Netflix como “determinada a conquistar as fronteiras tradicionais estabelecidas no mundo do xadrez competitivo dominado por homens”.

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