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    Privatização da Sabesp: governo de SP diz que violência em sessão tenta “barrar ritos democráticos”

    Sessão na Alesp foi marcada por confusão entre manifestantes e policiais

    Douglas Portoda CNN , São Paulo

    O governo de São Paulo repudiou, nesta quarta-feira (6), a confusão que aconteceu na Assembleia Legislativa (Alesp) durante a sessão sobre a privatização da Sabesp.

    Segundo a administração de Tarcísio de Freitas (Republicanos), “o uso de violência e a depredação do patrimônio público” são usadas para “tentar dificultar o trabalho do legislativo e barrar ritos democráticos”.

    Na Alesp, houve conflito com policiais militares e manifestantes que estavam nas galerias. Os oficiais utilizaram escudos balísticos e spray de pimenta.

    Segundo informações do analista de política da CNN Iuri Pitta, havia uma fileira de policiais em frente o vidro que separa a galeria do plenário, e os manifestantes começaram a empurrá-los.

    Posteriormente, houve confronto entre as duas partes, com empurrões e xingamentos. Com isso, o plenário foi esvaziado.

    Entenda o projeto

    O principal objetivo do projeto é ampliar os investimentos para universalizar o saneamento básico, de acordo com informações do governo estadual. Esses recursos passariam a vir, então, do capital privado.

    A previsão era de que a Sabesp investiria R$ 56 bilhões até 2033 para concretizar a meta de universalização estipulada pelo Novo Marco do Saneamento — que prevê 99% da população abastecida com água tratada e 90% com coleta e tratamento de esgoto na próxima década.

    Com a privatização, a estimativa divulgada pelo governo é de que os investimentos sejam ampliados para R$ 66 bilhões e que o objetivo seja cumprido até 2029.

    Alterações

    Do texto inicial, o relatório do deputado Munhoz acatou 26 emendas dos deputados, que foram consolidadas em quatro subemendas.

    As principais alterações incluem:

    • dispositivos ligados ao fundo especial a ser criado pelo Estado para reduzir a tarifa;
    • a estabilidade dos atuais servidores da companhia por um período de 18 meses após a efetiva desestatização da empresa;
    • assegurar a formação de um conselho de orientação para a Sabesp que deverá contar com indicações do Legislativo.

    A questão da tarifa é justamente um dos pontos que foram sido usados como argumento da oposição para tentar barrar o projeto.

    Se o texto for aprovado e sancionado, o governo deverá criar o Fundo de Apoio à Universalização do Saneamento no Estado de São Paulo (FAUSP) e destinar 30% do valor de venda das suas ações, além de parte do lucro da empresa (dividendos).

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