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    Quase 30% de mais de 138 mil espécies do planeta estão ameaçadas de extinção, alerta agência

    A União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN, na sigla em inglês) afirmou que, apesar da melhoria global na preservação das espécies, o número de animais que estão em alto risco continua a crescer

    Katya Krebsda CNN

    Uma importante agência internacional de conservação alertou que 28% das 138.374 espécies identificadas em sua “lista de vigilância de sobrevivência” como estando “sob ameaça” agora foram movidas para a “lista vermelha” – o que significa que estão em alto risco de extinção.

    A União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN, na sigla em inglês) relatou os dados durante a atualização anual da lista vermelha neste sábado (4), em Marselha, na França, e afirmou que apesar da melhoria global, o número de espécies que estão em alto risco continua a crescer.

    A organização disse que muitos estoques regionais de atum continuam severamente esgotados. Por exemplo, o atum albacora continua a ser sobreexplorado no Oceano Índico.

    A atualização também incluiu uma reavaliação das espécies de tubarões e arraias do mundo, o que mostra que 37% dessas espécies estão ameaçadas de extinção.

    Todas as espécies de tubarões e arraias ameaçadas estão sob pesca excessiva, informou a IUCN, com 31% delas ainda afetadas pela perda e degradação do habitat e 10% também afetadas pelas mudanças climáticas.

    “Notamos semelhanças impressionantes entre as estatísticas de tubarões e arraias e as estimativas recentes de plantas: cerca de 2 em cada 5 estão ameaçados de extinção, e a perda e degradação do habitat apresentam ameaças mais imediatas do que as mudanças climáticas”, disse o Dr. Eimear Nic Lughadha, cientista conservacionista no Royal Botanic Gardens.

    Além disso, o dragão de Komodo, o maior lagarto do mundo, é agora considerado em perigo devido a uma perda significativa de habitat devido às atividades humanas em andamento e às mudanças climáticas, informou a IUCN.

    “A ideia de que esses animais pré-históricos deram um passo mais perto da extinção devido em parte à mudança climática é aterrorizante – é mais um anúncio para que a natureza seja colocada no centro de todas as tomadas de decisão às vésperas da COP26 em Glasgow”, disse o Dr. Andrew Terry, diretor de conservação da Sociedade Zoológica de Londres.

    A COP26, uma conferência das Nações Unidas sobre mudanças climáticas, acontecerá em novembro.

    Alok Sharma, o presidente da COP26, disse anteriormente que deseja que as negociações climáticas deste ano cheguem a um acordo sobre uma série de metas importantes, incluindo colocar uma data final para o uso de carvão, um compromisso de fazer com que todas as vendas de carros novos cheguem a zero emissões dentro de nos próximos 14 a 19 anos, interrompendo o desmatamento até o final da década, e maiores reduções de emissões de metano.

    Há esperança para as espécies em risco: das sete espécies de atum mais pescadas comercialmente que foram reavaliadas, quatro delas estão mostrando sinais de que estão começando a se recuperar depois que os países aplicaram cotas de pesca mais sustentáveis ​​e estão combatendo a pesca ilegal com sucesso, disse IUCN.

    As quatro espécies de atum incluem o atum rabilho do Atlântico, que passou de “em perigo” para “menos preocupante”, o atum rabilho do sul, que passou de “criticamente em perigo” para “em perigo”, o atum voador e o atum albacora, que mudaram de “quase ameaçado” para o status de “menos preocupação”.

    “Essas avaliações da Lista Vermelha são a prova de que as abordagens de pesca sustentável funcionam, com enormes benefícios de longo prazo para a subsistência e a biodiversidade. Precisamos continuar aplicando cotas de pesca sustentáveis ​​e reprimindo a pesca ilegal”, disse Bruce B. Collette, presidente do Grupo de Especialistas em Atum, do IUCN.

    “As espécies de atum migram por milhares de quilômetros, portanto, coordenar seu manejo globalmente também é fundamental”, disse Collette.

    (Este texto é uma tradução. Clique aqui para ler o original em inglês)

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