Ex-presidente da Anvisa aprova decisão de barrar Coronavac para jovens
Claudio Maierovitch disse à CNN que estudo incompleto impede a aprovação da vacinação de adolescentes com a Coronavac
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) rejeitou por unanimidade o uso da vacina da Coronavac em crianças em adolescentes. Segundo o ex-presidente da agência Claudio Maierovitch, com as informações apresentadas a decisão “não poderia ser diferente”.
De acordo com Maierovitch a reprovação ocorreu por conta de um “estudo pequeno e ainda com resultados parciais”. A produção do imunizante no Brasil acontece pelo Instituto Butantan (IB).
“É preciso que o Butantan amplie sua mostra, o que já poderia ter sido feito, para que então traga informações mais convincentes de que a vacina é segura para ser utilizada nessas faixas etárias.”
Em nota divulgada na noite desta quarta, o Butantan afirmou que vai fornecer os dados cobrados pela Anvisa “o mais cedo possível”.
Terceira dose
A Anvisa também recomendou uma terceira dose da Coronavac para pacientes imunossuprimidos e idosos. No entanto, Maierovitch disse que “isso não quer dizer que esteja indicada”.
“Os estudos que existem até o momento não permitem saber com precisão quais são os benefícios esperados de uma terceira dose.”
O presidente da Anvisa ainda ressaltou que o relaxamento das medidas de restrição e o surgimento da variante Delta devem fazer que ocorra uma nova alta de casos e óbitos no Brasil. ” Nós deixamos de aprender com a primeira subida de casos aqui, continuamos não aprendendo com a segunda subida e, aparentemente, vamos novamente repetir os erros”, disse.