Governo de SP vai lançar corujão da saúde para zerar fila de exames atrasados
Programa tem o objetivo de zerar a fila de exames e cirurgias eletivas que foram adiadas por causa da pandemia do coronavírus
O governo de São Paulo vai lançar em setembro uma versão estadual do corujão da saúde, programa criado na capital paulista quando o governador João Doria (PSDB) era prefeito, em 2017, para zerar a fila de exames e cirurgias eletivas que foram adiadas por causa da pandemia do coronavírus. O início está previsto para 13 de setembro.
O programa consiste no uso de hospitais da rede privada após às 19h e ao longo da noite e da madrugada para atendimento de pacientes que dependem do sistema público de saúde. A estimativa do governo de São Paulo é de que haja uma demanda de mais de 237 mil exames e 1 mil pacientes à espera de radioterapias.
“O hospital que os ricos pagam para serem atendidos durante o dia vai atender os pobres à noite e na madrugada, como fizemos na prefeitura”, afirma o governador.
Na gestão municipal, o corujão encaminhou pacientes da fila de exames do SUS para hospitais de ponta, como Albert Einstein, Sírio-Libanês e Oswaldo Cruz, entre outros, atendendo 1 milhão de pessoas em três meses.
Em uma segunda fase do plano, de acordo com o secretário da Saúde, Jean Gorinchteyn, o corujão também vai atender cirurgias eletivas postergadas pela prioridade ao atendimento de pacientes da Covid-19.
Nesta semana, o estado de São Paulo registra ocupação inferior a 60% nas unidades de terapia intensiva e enfermarias. Além disso, destaca Gorinchteyn, com a ampliação de leitos da rede pública por causa da pandemia, o sistema terá maior capacidade de atendimento de pacientes.
O vice-governador Rodrigo Garcia (PSDB) afirma que o estado de São Paulo terá condições de zerar a fila de exames e cirurgias até 2022. Estima-se um custo total de R$ 1,5 bilhão para tanto. “Pela primeira vez, o estado tem caixa e estrutura para chegar ao ano que vem sem filas de exames e cirurgias.”