‘Terceira dose é iminente para maiores de 80 anos’, afirma epidemiologista
Em entrevista à CNN, Wanderson de Oliveira reiterou a urgência da aplicação da terceira dose contra a Covid-19 para idosos
Em entrevista à CNN nesta quinta-feira (19), o epidemiologista e secretário de serviços integrados de saúde do Supremo Tribunal Federal (STF) Wanderson de Oliveira reiterou a iminência da aplicação da terceira dose contra a Covid-19 em idosos.
Nesta quarta-feira (18), a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) recomendou uma dose de reforço da vacina Coronavac para pacientes imunossuprimidos e idosos, especialmente, acima de 80 anos. A decisão da terceira dose fica a critério do Ministério da Saúde.
“Temos chamado a atenção para a necessidade já iminente, necessária e urgente de realizar uma dose de reforço em pessoas com 80 anos ou mais. São cerca de 4 milhões de pessoas que são imunossuprimidas, ou seja, precisam de uma dose de reforço. É óbvio que nós precisamos avançar na segunda dose de pessoas com mais de 18 anos, mas teremos que fazer essa atividade em paralelo, por causa dessa ampliação da circulação da variante Delta”, disse Wanderson.
Sobre a variante Delta do novo coronavírus, o epidemiologista destacou que ela se espalha com muito mais velocidade que a variante Gama, e afirmou que devemos melhorar a qualidade das máscaras em utilização, primordialmente, em ambientes fechados.
“Temos um aumento muito expressivo da variante delta no Brasil; estamos com 72% das amostras de genotipagem positivas para Delta no país; estamos vendo um crescimento muito mais acelerado do que a gente viu com a variante Gama. Precisamos melhorar a qualidade de máscaras que estamos utilizando, talvez em ambientes fechados usar a PFF2; porque a variante Delta, em cada 10 infectados, 7 ou 8 são com essa variante”, disse.
Nesta quinta-feira (19) foram registradas 979 mortes e 36.315 novos casos de Covid-19 no Brasil, segundo dados do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass). Os números são referentes às últimas 24 horas.
“Esse número ainda é muito elevado, a gente aceitar 1.000 óbitos por dia é uma situação surreal, não é aceitável para um país tao rico como o Brasil. Não podemos admitir esse volume de óbitos acontecendo diariamente no pais”, afirmou o epidemiologista.