Ministério da Saúde não deve impedir vacinação de adolescentes, diz Gabbardo
À CNN, o coordenador do Centro de Contingência da Covid-19 disse que velocidade da vacinação contra a doença ‘é essencial’
O governo do estado de São Paulo anunciou neste domingo (11) o calendário de vacinação contra a Covid-19 que inclui adolescentes de 12 a 17 anos, a partir do dia 23 de agosto.
Em entrevista à CNN, o coordenador-executivo do Centro de Contingência da Covid-19, João Gabbardo, explicou que a situação do estado é diferente da do restante do país.
“O Ministério da Saúde só poderá reestabelecer o cronograma de distribuição de doses quando houver vacinas suficientes. Em São Paulo, além das doses da pasta para cumprir o Plano Nacional de Imunização, temos 4 milhões de doses adicionais que permitem acelerar [para este grupo]”, afirmou.
São Paulo adquiriu 4 milhões de doses da Coronavac diretamente com a empresa chinesa Sinovac para aplicação exclusiva no estado.
Segundo Gabbardo, outros estados também se movimentam para antecipar o cronograma e o “Ministério da Saúde não vai impedir”: “Tenho convicção de que o ministério também vai antecipar a vacinação para adolescentes.”
Na avaliação do coordenador, a imunização para este grupo é “fundamental”. A imunização para essa faixa etária foi autorizada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) apenas com a vacina da Pfizer.
Butanvac
Há expectativa do governo estadual de que a Butanvac, vacina contra a Covid-19 produzida pelo Instituto Butantan que começou os testes clínicos na semana passada, seja aplicada ainda neste ano.
Gabbardo contou que a produção está em andamento e que ao final de 2021 é possível que se tenha entre 40 e 60 milhões de doses do imunizante que podem ser usadas.
“É um pouco otimista essa previsão, agora estamos começando a fase de pesquisa clínica, mas temos confiança no resultado”, disse. “Objetivamente, é possível que até o final do ano a vacina possa ser utilizada”, avaliou.