Correspondente Médico: Mulher não vacinada morre após contrair duas variantes
Neurocirurgião Fernando Gomes analisou caso de idosa contaminada por cepas diferentes ao mesmo tempo
Na edição desta segunda-feira (12) do quadro Correspondente Médico, do Novo Dia, o neurocirurgião Fernando Gomes analisou o caso de uma mulher, de 90 anos, que morreu após ser infectada por duas variantes do coronavírus ao mesmo tempo. A belga foi contaminada pelas cepas Alfa, identificada primeiro no Reino Unido, e Beta, originária da África do Sul.
Segundo os médicos que acompanham o caso, ela provavelmente contraiu a infecção de pessoas diferentes. A idosa não havia sido vacinada.
Exemplificando com doenças crônicas, como diabetes e hipertensão, Gomes explicou que uma variante não “predomina” mais que a outra no organismo. “Um problema não imuniza do outro. Estamos numa situação de pandemia em que se tem variantes circulando de uma forma livre”, afirmou o médico.
“Essa senhora, que não foi vacinada, teve contato com duas pessoas infectadas com cepas diferentes, não existe sobrepujança de uma cepa em relação a outra. Ela teve o azar de ter contato no mesmo momento e desenvolvido os dois vírus da mesma forma”, completou.
“É uma coincidência negativa, por sorte temos o sistema imunológico que briga com os dois da mesma forma. Sabemos que as variantes têm diferenças, mas, em linhas gerais, acaba sendo o mesmo jeito, o sistema imunológico dela precisou trabalhar isso. Lembrando que, provavelmente, se tivesse sido vacinada, teria sido bem diferente.”
