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    INCA identifica variantes do coronavírus em pacientes e profissionais infectados

    Pesquisa investigou a prevalência das novas variantes em casos de infecções e reinfecções em pacientes e profissionais de saúde do Instituto

    Isabelle Resende e Thayana Araujo, da CNN, no Rio de Janeiro  

    Pesquisadores do Instituto Nacional de Câncer (INCA) realizaram um estudo que investigou a prevalência das variantes em casos de infecções e reinfecções em pacientes e profissionais de saúde do Instituto, inclusive após receber a vacina contra Covid-19.

    Foram analisados 72 casos, entre janeiro e março desse ano, no Rio de Janeiro. A pesquisa foi financiada pela Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj).

    Segundo o levantamento, 97% das pessoas analisadas foram infectados pelas novas variantes do coronavírus. Na maioria dos casos, foi encontrado a variante Gamma (P.1), originária de Manaus, e a P2, originária do Rio de Janeiro, além da cepa Alpha, originária do Reino Unido (B.1.1.7).  

    No grupo estudado, apenas seis profissionais de saúde já haviam sido vacinados e apresentaram sintomas leves ou moderados da doença. 

    O chefe do Programa de Oncovirologia do INCA e coordenador do estudo, Marcelo Soares, destaca que, mesmo vacinados, os pacientes com câncer podem apresentar sintomas graves de Covid-19 em caso de reinfecção

    “As pessoas com câncer têm mais facilidade de se contaminar pela segunda vez. A chance de um imunossuprimido se infectar mais de uma vez pelo coronavírus é muito maior por conta da baixa imunidade e, consequentemente, os sintomas apresentados podem ser mais fortes”, explica. 

    Importância da vacinação

    Marcelo Soares ressaltou que as vacinas continuam sendo a opção mais relevante para minimizar os efeitos da pandemia. “É fundamental agilizarmos e seguirmos com a vacinação em massa da população, pois a vacina possibilita a redução da transmissibilidade e, em caso de infecção, os sintomas costumam ser mais leves”. 

    O estudo integra o trabalho de vigilância genômica ativa em tempo real que tem sido realizado pelo INCA. Um desdobramento desse trabalho, a médio e longo prazos, vai investigar como se comportam as infecções por novas cepas em pacientes com câncer que foram vacinados.  

    Para a diretora-geral do INCA, Ana Cristina Pinho, esse é um estudo indispensável no momento. “Esse tipo de vigilância genômica ativa é muito importante para o controle da pandemia, tanto no INCA, quanto em todo o país”, ressalta.