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    Olimpíada 2020: Brasil estreia contra a Alemanha no futebol masculino

    Time de Jardine encontra a Alemanha, rival na final olímpica de 2016; montagem do time alemão envolveu cortes, racismo e mais vagas do que convocados

    Leandro Iamin e Douglas Vieira, colaboração para a CNN

    Depois da estreia da seleção brasileira feminina de futebol ontem (21), com goleada sobre a China, o segundo dia das Olimpíadas de Tóquio marca a estreia do time masculino, que defende o ouro conquistado em 2016 no Rio de Janeiro, nos pênaltis, contra a Alemanha – curiosamente, a mesma adversária do jogo de amanhã (22), 8h30 (de Brasília), em Yokohama. 

    Alemanha x Brasil é um clássico do futebol que, desde 2014, em razão do 7×1, ganhou um novo peso. Nesta quarta (22), às 8h30, um novo capítulo desta história será escrito no Japão, fechando a primeira rodada do grupo D, que tem também a Costa do Marfim e a Arábia Saudita – eles jogam antes, às 5h30. Os dois primeiros avançam no torneio.

    O palco olímpico tem uma contribuição grande para a história deste clássico, que aconteceu pela primeira vez em uma Copa do Mundo apenas em 2002 – cinquenta anos antes, em Helsinque, alemães e brasileiros já se encontravam em território olímpico. Naquela ocasião, deu Alemanha 4×2 Brasil. 

    Depois vieram mais 3 encontros. Nos Jogos de 1984, pela fase de grupos, o Brasil ganhou por 1×0. Os outros dois jogos, em 1988 e 2016, foram, estes sim, icônicos. Pela semifinal dos jogos de Seul, em 1988, o Brasil se classificou com gol de Romário no tempo normal e atuação fenomenal de Taffarel na disputa por pênaltis. Os dois teriam vida longa pela seleção principal, mas o Brasil perderia o ouro para a União Soviética naquela edição. 

    O outro duelo, claro, foi a final olímpica de 2016 no Maracanã, também decidida nos pênaltis, com Neymar e Weverton fazendo os papéis que um dia foram de Romário e Taffarel. E a conquista brasileira no Rio de Janeiro nos pênaltis, após o 1×1 do tempo normal, impacta diretamente na campanha de Tóquio 2020. Afinal, a pressão pela falta da medalha de ouro, até então inédita na modalidade, não existe mais. 

    Assim, a expectativa é alta sobre o time de André Jardine, que não mostrou desempenho satisfatório nos amistosos preparatórios. Mesmo com a baixa de uma porção de jogadores não liberados por seus clubes, casos de Gérson pelo Olympique de Marseille e Pedro pelo Flamengo, o material humano brasileiro é compatível com o sonho do bi. Entre os destaques estão Richarlison e Douglas Luiz, já titulares pela seleção principal, Claudinho, Matheus Henrique e Arana, estrelas em seus clubes no Brasil, e Dani Alves, o mais experiente. 

    Alemanha: baixas e um jogo sem final

    O time alemão, comandado por Stefan Kuntz, ganhou, no mês passado, a Euro sub-21, e chegou nas últimas três finais do torneio com o mesmo treinador que está em Tóquio. Dos titulares desta final recente, quatro atletas estão convocados também para a Olimpíada: Raum, Schlotterbeck, Piepper e Maier. 

    O drama que a Alemanha viveu precisando desconvocar atletas foi ainda maior que o exemplo brasileiro. Segundo o técnico Kuntz, a lista original de 100 jogadores acabou virando só 18 na relação final. E, mesmo com 22 vagas para preencher, ele não encontrou quatro atletas disponíveis com quem quisesse contar. A maior baixa na convocação original é Ismail Jakobs, promissor meia, que, transferido do Colônia para o Monaco, não conseguiu liberação do novo clube.

    Assim, considerando que 3 dos 18 atletas são goleiros, Kuntz tem mais substituições para fazer (5) do que jogadores de linha à disposição no banco (4). 

    No último dia 17, no amistoso final antes dos Jogos, a Alemanha enfrentou Honduras, e o jogo não acabou. Isso porque Torunarigha, zagueiro do Hertha Berlin, sofreu um insulto racista no gramado. O time inteiro da Alemanha se retirou da partida, que estava 1×1 aos 41 do 2º tempo. A Alemanha começou esta partida com Müller; Henrichs, Pieper, Uduokhai e Raum; Maier, Arnold e Stach; Richter, Kruse e Amiri. Tal qual o Brasil de Jardine em seu último compromisso contra os Emirados Árabes Unidos, a Alemanha não jogou bem.

    Nesta escalação estão os dois jogadores acima de 23 anos que a Alemanha levou: Arnold, de 27 anos, é meia e atua no Wolfsburg; e Max Kruse, de 33 anos, que fez excelente temporada pelo Union Berlin. 

    A rodada

    Brasil, Alemanha, Arábia Saudita e Costa do Mardim estão no Grupo D. Pelas outras chaves, México x França abrem o Grupo A, que também conta com Japão e África do Sul. O Grupo B parte com Nova Zelândia x Coreia do Sul e Honduras x Romênia, enquanto o Grupo C tem Egito x Espanha e Argentina x Austrália na primeira rodada.

    Yu Yamamoto, da seleção japonesa de softbol, rebate bola em estreia na Olimpíada
    Yu Yamamoto, da seleção japonesa de softbol, rebate bola durante estreia na Olimpíada de Tóquio
    Foto: Jae C. Hong/Associated Press

    Segunda rodada do Softbol

    A variante do beisebol que, nas Olimpíadas, destina-se apenas às mulheres, tem sua segunda rodada hoje, com as seis seleções que buscam o ouro em campo. Em Tóquio, a modalidade é disputada em turno único, com todos os times se enfrentando e, ao fim de cinco rodadas, os dois primeiros colocados se classificam para a final. 

    A expectativa é de que os Estados Unidos, que enfrentam o Canadá às 21h, e Japão, que enfrenta o México a partir da meia-noite, estejam na final olímpica, que será disputada dia 27 de julho. O duelo entre Itália e Austrália fecham a rodada do softbol.

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