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    Massa vai explorar medo, armas e pregar “união nacional” no 2° turno argentino

    Nesta quarta-feira (25), Patricia Bullrich anunciou apoio ao candidato oposicionista, Javier Milei

    Clarissa OliveiraPedro Venceslauda CNN , São Paulo

    Depois de vencer o primeiro turno da eleição presidencial argentina e ver a terceira colocada, Patricia Bullrich, anunciar apoio a Javier Milei nesta quarta-feira (25), o candidato governista Sergio Massa começou a testar os comerciais de TV da reta final da campanha.

    Segundo integrantes brasileiros da equipe de comunicação do candidato peronista ouvidos pela CNN, o eixo estratégico do segundo turno será a “união nacional” contra o adversário, que será tratado como uma ameaça para o futuro do país devido a suas propostas radicais e “isolacionistas”.

    Entre outras propostas, Milei disse que irá dolarizar a economia, liberar as armas para a população e acabar com o Banco Central se vencer o pleito. Ele também chamou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) de “comunista”.

    Os marqueteiros de Massa buscam ainda um antídoto contra as críticas ao ministro da economia de um país com inflação de quase 140%.

    Os comerciais vão dizer que Massa teve a “coragem” de assumir “com a faca nos dentes” o desafio de recuperar a economia do país.

    “Como se diz aqui, ele pegou a ‘papa caliente’ [batata quente]. Teve coragem para assumir o ministério a pouco tempo em um momento de dificuldade”, disse um dos marqueteiros.

    Veja também: Propostas polêmicas de Milei favorecem Massa, avalia Planalto

    Em outra frente, a campanha também vai reforçar a aposta no medo e explorar a promessa do adversário de liberar as armas.

    Em um comercial do peronista, uma criança entra na sala de aula, abre a mochila e tira uma pistola. Em seguida, ouvem-se disparos e uma legenda diz: “Na Argentina, felizmente isso não é realidade. Mas poderia ser com a livre venda de armas”.

    Depois de receber o apoio de Patricia Bullrich, a campanha de Javier Milei adotou um tom mais moderado no segundo turno, mas prega agora a união contra o kirchnerismo.

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