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    Queiroga defende volta às aulas mesmo antes de professores receberem 2ª dose

    Ministro da Saúde diz que avanço da vacinação e estratégia de testagem adequada permitirão retomada das aulas presenciais no segundo semestre

    Murillo Ferrari, da CNN, em São Paulo, e Gustavo Zucchi e Fernando Alves, da CNN, em Brasília

    O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou nesta segunda-feira (21) que não é preciso que a totalidade dos professores tenham recebido as duas doses das vacinas contra a Covid-19 para que as aulas presenciais sejam retomadas em todo o país.

    “Já distribuímos doses aos professores da atenção básica para imunizar com a primeira dose cerca de 84% dos professores. No meu entendimento, não é fundamental que todos os professores estejam imunizados com as duas doses para o retorno das aulas”, disse o ministro, ao participar de audiência na Comissão Temporária Covid-19 do Senado.

    “Com a estratégia adequada de testagem, podemos compatibilizar o retorno das aulas com a identificação dos casos positivos e, a partir daí, ter já no segundo semestre o retorno de aulas”, completou. 

    Ainda de acordo com o ministro da Saúde, a educação é um setor estratégico para o governo porque as escolas garantem também segurança alimentar e assistência à saúde para os alunos.

    Por esse motivo, o ministro disse ter agendada uma reunião com o ministro da Educação, Milton Ribeiro, com o ministro-chefe da Casa Civil, Luiz Eduardo Ramos, e com o advogado-geral da União, André Mendonça, para “buscar uma solução para esse retorno o mais breve possível”.

    Reforço da vacina em 2022

    Na mesma audiência, Queiroga disse que o governo ainda estuda a possibilidade da realização de um reforço vacinal contra a Covid-19 em 2022 e que negocia com farmacêuticas mais doses de imunizantes para essa possibilidade.

    “Já traçamos um panorama para o ano de 2022. Neste sentido, além da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) ter capacidade plena para produção da vacina com ingrediente farmacêutico ativo (IFA) nacional, estamos em negociações com farmacêuticas, como a Pfizer e a Moderna, para usar esses agentes no ano de 2022, se for o caso – e é possível que seja – de fazermos um reforço”, afirmou.

    “Claro que ainda não temos todas as respostas, todas as evidências científicas a esse respeito, se será necessário fazer uma nova vacinação como hoje, com duas doses, ou se apenas precisaremos do reforço”, completou.

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