Lista tríplice resguarda independência do Ministério Público, diz procurador
Apesar de presidente não ser obrigado a seguir votação, Júlio José Araújo Júnior, diretor da ANPR, diz ser preciso buscar meios de “institucionalizar" a lista
A Associação Nacional de Procuradores da República (ANPR) realiza nesta terça-feira (22) a eleição que vai formar a lista tríplice para o próximo procurador-geral da República. A lista é uma tradição desde a redemocratização, onde pessoas do meio escolhem os três candidatos mais preparados para o cargo para que o presidente da República escolha um nome entre os três selecionados. Jair Bolsonaro (sem partido) quebrou a tradição ao escolher Augusto Aras – que não estava na lista tríplice – como PGR.
O presidente deve escolher um novo procurador-geral da República até setembro. Ele poderá escolher entre um dos nomes da lista tríplice ou reconduzir Aras para mais dois anos de mandato.
Apesar de o presidente não ser obrigado a seguir a lista, Júlio José Araújo Júnior, diretor da ANPR, diz ser preciso buscar meios de “institucionalizar” o instrumento para “resguardar a independência” do Ministério Publico.
“Mesmo que a lista não seja seguida, é importante institucionalizar ela como acontece em todos os outros Ministérios Públicos. Independente do prognóstico para a escolha do próximo PGR, a associação entende que lista é importante, pois resguarda a independência do Ministério Público.”