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    Jovens nos EUA estão promovendo ‘festas da Covid-19’ e pagando quem se infecta

    Prática ocorreria no estado do Alabama, onde já foram registrados cerca de 39 mil casos confirmados de coronavírus e quase mil óbitos

    Faith Karimi e Jamiel Lynch, , da CNN

    Alguns jovens no estado do Alabama (EUA) estão dando “festas da Covid-19”, uma competição sinistra onde pessoas que têm o novo coronavírus são convidadas e o primeiro novo caso de infecção recebe um pagamento, de acordo com autoridades locais.

    As festas acontecem na cidade de Tuscaloosa, no oeste do estado do sul dos EUA. Pessoas com testes positivos são convidadas a participar para que outras possam contrair intencionalmente o coronavírus, segundo Sonya McKinstry, membro do Conselho Municipal (um equivalente à câmara legislativa). Quem relatou a história para a vereadora foram os bombeiros locais.

    “No começo, pensamos que era um boato. Daí começamos a pesquisar e, não apenas os consultórios médicos confirmam, como o próprio governo confirmou que eles também tinham a mesma informação”, relatou.

    Durante uma apresentação ao Conselho Municipal na primeira semana de junho, McKinstry contou que o chefe dos bombeiros Randy Smith relatou o mesmo fato: jovens da cidade estão dando festas nas quais oferecem um pagamento aos que pegarem o coronavírus.

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    A primeira pessoa que tiver a infecção confirmada por um médico após a exposição na festa leva o dinheiro arrecadado com a venda de entradas para o encontro. Nas últimas semanas, várias festas foram organizadas na cidade e arredores e, provavelmente, outras mais que as autoridades ignoram, acrescentou.

    “Isso me deixa furiosa”, desabafou McKinstry. “Furiosa com o fato de que algo que é tão sério e mortal está sendo tratado com descaso. Isso não é apenas irresponsável para os próprios participantes, mas também pelo fato de eles poderem contrair o vírus e levá-lo para casa de seus pais ou avós”.

    A cidade está trabalhando para divulgar e acabar com essas festas, e aprovou uma lei de uso de máscaras que entrará em vigor na segunda-feira (6).

    “Isso não é uma questão política. É um problema de saúde pública. As pessoas estão morrendo e não há cura. Temos que fazer o possível para salvar o maior número de vidas possível”, afirmou McKinstry.

    A CNN entrou em contato com o Departamento de Saúde do Alabama para comentar. O governo local informou que há cerca de 39 mil casos confirmados de coronavírus e quase mil óbitos no estado.

    (Texto traduzido, clique aqui para ler o original em inglês).

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