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    Coalizão liderada pela Arábia Saudita lança ataques aéreos na capital do Iêmen

    A investida foi feita após o grupo Houthi enviar drones armados para atacar a Arábia Saudita

    Da Reuters

    A coalizão militar liderada pela Arábia Saudita que luta contra o movimento Houthi do Iêmen, alinhado ao Irã, disse neste domingo (7) que realizou ataques aéreos contra alvos militares Houthi em Sanaa e outras regiões. A investida foi feita após o grupo enviar drones armados para atacar a Arábia Saudita.

    De acordo com um comunicado emitido pela mídia estatal saudita, a coalizão afirmou ter destruído 10 drones armados e disse que “civis e objetos civis no Reino são uma linha vermelha”.

    O consulado dos Estados Unidos em Jeddah enviou um comunicado citando relatos de suspeitas de ataques e explosões perto da cidade e de Khamis Mushait, no sul.

    Em Sanaa, capital do Iêmen, controlada pelo Houthi, uma testemunha da Reuters relatou vários ataques aéreos. Plumas de fumaça preta eram visíveis nas proximidades de um complexo militar perto da Universidade de Sanaa. A TV Al Masirah, dirigida pelo Houthi, disse que aviões de guerra da coalizão bombardearam os distritos de Al-Nahda e Attan.

    Os Houthis, que lutam contra a coalizão desde a intervenção na guerra civil do Iêmen em março de 2015, recentemente intensificaram os ataques com mísseis e drones na Arábia Saudita.

    Os combates também se intensificaram nas regiões de Marib e Taiz, no Iêmen.

    A escalada da tensão ocorre no momento em que os Estados Unidos e as Nações Unidas aumentam os esforços diplomáticos por um cessar-fogo.

    De acordo com a mídia estatal saudita, a coalizão disse que os Houthis se sentiram encorajados após o novo governo dos EUA revogar a decisão de considerarar os Houthis como um organização terrorista.

    Na semana passada, o Departamento do Tesouro impôs sanções a dois líderes militares houthis depois que o movimento intensificou os ataques a cidades sauditas.

    Os Houthis, que destituíram do poder o governo internacionalmente reconhecido em Sanaa no final de 2014, negam ser fantoches de Teerã e dizem que estão lutando contra um sistema corrupto e a agressão estrangeira.

    A guerra, em um impasse militar por anos, matou dezenas de milhares de pessoas e levou o Iêmen à beira da fome.

    A organização Médicos sem Fronteiras disse na última sexta-feira (5) que o hospital Al-Thawra, em Taiz, tratou 28 feridos em confrontos intensos desde quarta-feira (3) e que o próprio hospital foi atingido por tiros, ferindo três pessoas, inclusive um menino de 12 anos.

    Em Marib, centenas de combatentes de ambos os lados foram mortos.

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