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    Biden convida médico em conflito com Trump a ficar no governo caso vença eleição

    Anthony Fauci depôs no Senado nesta terça, criticou a politização do uso de máscaras e projetou que os EUA podem chegar a 100 mil casos diários da Covid-19

    Guilherme Venaglia, da CNN em São Paulo

    O pré-candidato democrata a presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciou nesta terça-feira (30) que vai convidar o médico Anthony Fauci a permanecer no cargo de diretor do Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas caso derrote Donald Trump na eleição presidencial deste ano.

    No cargo desde 1984, Fauci está tendo desavenças públicas com Trump a respeito da pandemia do novo coronavírus nos Estados Unidos.

    “Se eu for eleito, eu imediatamente procuraria o dr. Fauci e pediria a ele que continue seu incrível serviço para o nosso país. Eu vou ter os maiores cientistas e especialistas médicos do país prontos para aconselhar a nossa atuação já no primeiro dia — e vou de fato ouvi-los”, escreveu Biden em sua conta oficial no Twitter.

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    Anthony Fauci se destacou a partir do combate à Aids nos Estados Unidos e se tornou uma espécie de figura intocável no cargo que ocupa, passando por diversos presidentes. No entanto, seus conflitos com Trump vêm em uma escala crescente. 

    Nesta terça-feira, o médico imunologista prestou depoimento ao Comitê de Saúde, Educação, Trabalho e Pensões do Senado americano. Respondendo a uma pergunta da senadora Elizabeth Warren, ex-pré-candidata democrata e uma das cotadas a vice de Biden, ele afirmou que “claramente, não estamos totalmente no controle agora” a respeito da situação da pandemia.

    “Eu não estou satisfeito com o que está acontecendo, porque nós estamos indo na direção errada se você olhar para a curva de novos casos, então nós realmente precisamos fazer algo a esse respeito e rápido”, afirmou.

    Em seu depoimento, Fauci apresentou um cenário alarmante. Ele diz temer que os Estados Unidos passem a registrar 100 mil novos casos de Covid-19 por dia.

    O médico reclamou do fato de o uso de máscaras no país ter se tornado “um assunto político”. A fala vem em um momento em que o próprio presidente Donald Trump e auxiliares têm muitas vezes se recusado a utilizar máscaras em locais públicos.

    “Isso não deveria ser um assunto político. É apenas um tema de saúde pública. Esqueça a política e olhe para os dados”, afirmou o diretor. 

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