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    Facebook barra anúncios de comitê pró-Trump por ‘divulgação de conteúdo falso’

    Comitês independentes não contam com proteção da rede contra checagem de postagens

    Donie O'Sullivan, da CNN

    O Facebook anunciou nesta quinta-feira (6) que vai banir anúncios do Comitê para Defender o Presidente, um dos “super PACs” de apoio à reeleição de Donald Trump. Super PACs são comitês independentes que se dedicam a promover e a arrecadar recursos para campanhas nos Estados Unidos.

    A rede social não disse até quando a suspensão vai durar.

    “Como resultado da repetida publicação de anúncios com conteúdo considerado falso por checadores de fatos, eles não poderão anunciar na nossa plataforma por um período de tempo”, disse Andy Stone, porta-voz do Facebook. Stone não quis dizer o que levou a ação desta quinta.

    CNN Business procurou o Comitê para Defender o Presidente e aguarda uma resposta.

    O Facebook permite que políticos, incluindo candidatos, publiquem conteúdos comprovadamente falsos em anúncios políticos, seguindo uma controversa prática interna que vem sendo vigorosamente defendida pelo CEO da companhia, Mark Zuckerberg. Ele diz que o Facebook não pode ser “o árbitro da verdade”.

    Outros grupos políticos, incluindo os comitês de ação política, estão sujeitos à checagem de fatos que o Facebook contrata. 

    Representantes do ex-presidente Barack Obama enviaram uma intimação extrajudicial ao PAC mais cedo neste ano pedindo que parem de divulgar um anúncio em que usam palavras de Obama para dizer que o ex-vice-presidente Joe Biden apoia “política de fazenda”.

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    Trata-se de uma referência pejorativa ao apoio que os políticos democratas buscam junto ao eleitorado negro. É como se Biden, que hoje é o pré-candidato democrata a presidente contra Trump, fosse uma espécie de “fazendeiro” que aliciasse votos em troca de esmolas ou pressão.

    Em outubro de 2019, o ex-vice-presidente escreveu uma carta ao Facebook reclamando de um anúncio divulgado pelo comitê.

    O Comitê para Defender o Presidente tem cerca de 1 milhão de seguidores no Facebook e gastou mais de US$ 300 mil em anúncios no Facebook desde 2018.

    O porta-voz do Facebook leu parte da política da rede social que diz, “tomar ação repetidamente ofensiva: páginas e sites que repetidamente compartilhem notícias falsas terão algumas restrições, incluindo a redução da sua distribuição”.

    (Texto traduzido, clique aqui para ler o original em inglês)

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