‘Temos que unir nossas democracias’, diz Biden ao fim de cúpula do G7
Presidente americano disse que grupo está comprometido em detectar futuras pandemias e ajudar países em questões de saúde, clima e igualdade de gênero
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, disse neste domingo (13), ao fim da cúpula do Grupo dos Sete (G7), na Inglaterra, que as democracias precisam se unir em prol da recuperação econômica e para detectar e combater futuras pandemias. Biden foi enfático ao dizer que “os Estados Unidos estão de volta” nas principais negociações mundiais – o que tinha sido deixado de lado na gestão de Donald Trump, segundo Biden.
“Não é que as democracias não podem competir. Temos que unir nossas democracias e isso vai determinar em 15 anos se conseguimos demonstrar a força de nossas democracias”, disse.
“Lidamos com a recuperação econômica pós-pandemia e isso é uma de nossas prioridades. Não conseguiremos fazer isso sozinhos, temos que nos unir na recuperação econômica também”, reiterou.
O presidente americano afirmou que a doação de mais de 1 bilhão de vacinas contra Covid-19, que já havia sido divulgada pelo primeiro-ministro britânico Boris Johnson, também faz parte do projeto de reforço de uma união mundial e de uma decisão acertada por todos os membros do G7 e países convidados, de apoiar as nações mais pobres na aquisição de vacinas contra o coronavírus.
“O fato é que nossa contribuição dos Estados Unidos e a nossa base para lidar, como lidaremos com as nações mais pobres, as cem mais pobres, dependem da Covax. Avisei que comprometeríamos meio bilhão de doses da Pfizer já contratadas e pagas, além do que já investimos no Covax, que é um sistema que proporciona financiamento a estados que tenham acesso a vacina por sua conta.”
“Isso gerou um compromisso entre os colegas do G7, que cederam meio bilhão de doses. Não só teremos um bilhão de doses, mas mais 200 milhões a 300 milhões até a metade do próximo ano”, afirmou.
Segundo Biden, o G7 decidiu agir em outras frentes, em áreas de clima, saúde, igualdade de gênero em países mais pobres, “[em projetos] que sejam importantes para os países. Com valores que as democracias representam, não as autocracias”.
China
Biden também fez críticas à China. Ele enfatizou que, diferentemente do que aconteceu em anos anteriores, o país voltou a ser assunto do grupo.
“A China precisa começar a agir de forma mais responsável em termos de normas internacionais e transparência”.
Segundo Biden, o país ainda precisa esclarecer ao mundo detalhes sobre a origem do coronavírus. “Nós não temos acesso aos laboratórios, nossos serviços de inteligência estão concluindo se foi uma consequência do mercado de animais vivos, que causou a pandemia, ou se foi um experimento que deu errado em laboratório. É importante sabermos essa resposta.”