Instituto indiano busca aprovação para uso emergencial da vacina da AstraZeneca
Substância pode ser armazenada em 2ºC a 8ºC e distribuída mais facilmente na Índia, diferente do imunizante da Pfizer
O Instituto Serum da Índia, maior fabricante de vacinas do mundo em termos de volume, busca aprovação para uso emergencial da vacina da AstraZeneca contra a Covid-19 no país, informou o diretor executivo da companhia nesta segunda-feira (7).
A substância pode ser armazenada em 2ºC a 8ºC e distribuída mais facilmente na Índia, que registra o segundo maior número de infecções do mundo e não conta com as capacidades de refrigeração exigidas pela vacina desenvolvida pela Pfizer.
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Ao longo do fim de semana, um importante consultor de saúde do governo indiano disse em uma entrevista televisionada que a Pfizer já havia solicitado uma autorização de uso emergencial para a própria vacina.
O CEO do Instituto Serum, Adar Poonawalla, afirmou no Twitter nesta segunda que a medida “vai salvar inúmeras vidas”, mas não deu mais detalhes a respeito.
Há algumas semanas, ele disse que a empresa vai focar em fornecer a vacina para os indianos antes de distribuí-la para outros países. A estimativa, segundo Poonawalla, é a de que ela custará cerca de US$ 13,50 por dose no mercado privado. Contudo, os governos que vêm assinando grandes acordos de fornecimento provavelmente comprarão o produto a preços mais baixos.
Uma vacina eficaz é vista cada vez mais pelos governos como a única maneira de acabar com a pandemia que matou mais de um milhão de pessoas em todo o mundo.
O Reino Unido e outros países pressionam para lançar a vacina da AstraZeneca, enquanto as Filipinas e a Tailândia já garantiram milhões de doses, dando ao imunizante um voto de confiança após especialistas levantarem dúvidas sobre os dados dos estudos clínicos.
Mais cedo nesta segunda, a imprensa indiana informou que, de acordo o Instituto Serum, dados de quatro estudos clínicos – dois no Reino Unido, um no Brasil e um na Índia – mostraram que a vacina é altamente eficaz contra infecções por Covid-19.