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    HGRU, JSRE: 5 fundos imobiliários recomendados para investir em março

    O CNN Business publica a 2ª carteira mensal de fundos imobiliários, seguindo o exemplo da tradicional carteira de ações, publicada no primeiro dia útil do mês

    Tamires Vitorio, do CNN Brasil Business, em São Paulo

    Os fundos imobiliários ganharam um novo fôlego em fevereiro. O Índice de Fundos de Investimentos Imobiliários (IFIX) avançou 0,25% no mês passado, mantendo a tendência de alta que ganhou tração em meados de dezembro. 

    Mas isso não significa que não tenha havido altos e baixos ao longo de fevereiro. Os FIIs, como esses fundos são chamados, também costumam sofrer solavancos quando há ruídos políticos ou macroeconômicos.

    “No cenário interno, o ambiente político segue trazendo forte volatilidade para os ativos de risco, impactando ações e fundos imobiliários. O risco político, aliado a uma crescente preocupação fiscal, tem trazido um tom mais negativo para o mercado”, explica Glauco Legat, analista-chefe na Necton Investimentos.

    Segundo o especialista, os fundos de CRIs com exposição à inflação são os mais interessantes em tempos de alta dos índices de inflação, como IGP-M. “A categoria deve seguir com dividendos acima da média nos próximos meses, refletindo o ambiente de inflação mais alta”, diz.

    A carteira

    Pensando em um cenário volátil e que exige cuidados na hora de investir, o CNN Brasil Business publica a sua segunda carteira mensal de fundos imobiliários, seguindo o exemplo da já tradicional carteira de ações, publicada no primeiro dia útil de cada mês.

    No caso dos FIIs, serão cinco papéis selecionados a cada 30 dias com base nas recomendações das seguintes corretoras/casas de análise: Necton, XP Investimentos, Ativa Investimentos, Santander e Órama.

    Para o mês de março, e utilizando uma lógica de diversificação de portfólio, foram escolhidos papéis de setores como logística, lajes corporativas, educação, varejo, recebíveis e híbridos. Apenas um FII é novidade na carteira: o HGRU11, da CSHG Renda Urbana, do segmento de educação e varejo, indicado por três das cinco corretoras ouvidas. Por outro lado, deixa o portfólio o VGIP11, do setor de recebíveis.

    Confira: 

    Fundo: BTLG11
    Setor: Logística 
    Comentário: Analistas da Ativa Investimentos 

    “O fundo pertencia à TRX e migrou gestão para o BTG recentemente, se tornando o único fundo de logística do BTG listado na B3. Os contratos são 61% atípicos com média ponderada de vencimento dos contratos de sete anos e firmados com locatários de boa qualidade (Coca-Femsa, Ceratti, Itambé, Magna, Supermarket, Koch, Natura, Continental, BRF, Itambé, entre outras).

    O BTLG vem realizando boas aquisições através de suas últimas emissões: ativos logísticos de qualidade, com bom risco de crédito dos inquilinos, e principalmente por conseguir negociar taxas de retorno em média acima dos 8% ao ano.

    Em fevereiro de 2021, o fundo anunciou a aquisição de três galpões triple A em localizações estratégicas no estado de São Paulo. A perspectiva do gestor é de que esta nova aquisição seja responsável por uma melhora nos resultados do fundo. A estimativa é de que o BTLG será capaz de entregar um dividend yield de 9,60% no primeiro ano.”

    Rentabilidade em 2021: 0,07%

    Rentabilidade em 12 meses: 0,86% 

    Fundo: TRXF11
    Setor: Renda Urbana 
    Comentário: Glauco Legat, analista-chefe da Necton Investimentos

    “Pelo perfil de contratos atípicos de longo prazo, focados em renda urbana de um inquilino com bom risco de crédito, entendemos que o fundo se mostra uma boa opção para investidores que buscam renda recorrente e maior previsibilidade no recebimento de proventos, apresentando um dividend yield médio de 0,7% ao mês.”

    Rentabilidade em 2021: 0,39%

    Rentabilidade em 12 meses: 6,05% 

    Fundo: HGRE11
    Setor: Lajes Corporativas
    Comentário: Analistas da XP Investimentos

    “O CSHG Real Estate é um fundo imobiliário do segmento de lajes corporativas com mais de 200 mil metros quadrados de área bruta locável e valor de mercado de aproximadamente R$ 1,8 bilhão.

    O fundo continua com sua estratégia de reciclagem de portfólio, principalmente de investimentos em lajes individuais, monousuários e ativos fora de São Paulo, o que pode gerar valor para o fundo.

    Ainda, o fundo informou que houve uma melhora na dinâmica comercial em janeiro, com aumento do número de visitas e processos de locação ganhando ritmo.

    O fundo permanece com o desafio na locação das áreas de maior vacância como o Ed. Torre Martiniano e Paulista Star, que pressionam sua rentabilidade. Após a fraca performance nos últimos meses, o fundo vem negociando com desconto ao valor patrimonial (87% P/VP), que acreditamos ser um ponto de entrada para o papel.”

    Rentabilidade em 2021: 0,03%

    Rentabilidade em 12 meses: 9,38%

    Fundo: HGRU11
    Setor: Educacional e Varejo 
    Comentário: Analistas da XP Investimentos

    “CSHG Renda Urbana é um fundo imobiliário híbrido com alocações em ativos de varejo (tanto supermercados, quanto varejo discricionário) e educacional. Em nossa opinião, o fundo possui um portfólio com ativos resilientes (grande parte em São Paulo), alta concentração em contratos atípicos (92,7% da receita contratada), inquilinos com boa qualidade de crédito (Lojas Big, Pernambucanas, YDUQS).

    Adicionalmente, o aluguel diferido nos últimos meses (a partir de abril/20) para os inquilinos do setor de educação (em razão da pandemia) continuam a ser revertido gradualmente até abril/21, o que deve impactar positivamente a distribuição de dividendos nos próximos meses.

    Por fim, o fundo ainda possui aproximadamente R$ 341 milhões (16% do PL do fundo) ainda não alocados em ativos alvos, o que pode pressionar a rentabilidade no curto prazo. Continuamos com recomendação de compra e estimamos um dividend yield de aproximadamente 6,4% para 2021.”

    Rentabilidade em 2021: -1,55%

    Rentabilidade em 12 meses: 3,78%

    Fundo: JSRE11
    Setor: Híbrido
    Comentário: Analistas da Órama 

    “O JSRE possui um portfólio de alto padrão construtivo e boa localização, com 99% das receitas expostas à cidade de São Paulo, e vacância física de 9,6%.

    Cabe destacar que no mês de fevereiro foi anunciada a conclusão da aquisição da participação de 40% em duas torres corporativas triple A em São Paulo. A operação inclui Renda Mínima Garantida pelo prazo de dez anos.

    Adicionalmente, assim como muitos gestores, o JSRE se aproveitou do cenário observado durante a pandemia no mercado secundário de FIIs para alocação tática em cotas de outros fundos imobiliários, majoritariamente do segmento corporativo.

    Nos últimos meses o JSRE vem se desfazendo dessas posições. Quanto aos contratos de locação, a pandemia poderá postergar revisionais positivas de aluguéis em um primeiro momento. Contudo, os contratos de locação possuem exposição de 91% ao IGPM, o que é um ponto positivo para os revisionais de contratos mais próximos.”

    Rentabilidade em 2021: 0,2%

    Rentabilidade em 12 meses: -0,8%

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