Guedes promete desonerar a folha depois que acabar crise do coronavírus
Ministro disse que os impostos que incidem sobre a folha de pagamentos empurram brasileiros para informalidade, prejudicando até a arrecadação da Previdência
O ministro da Economia, Paulo Guedes, voltou a prometer nesta tarde de sábado (4) que vai desonerar a folha de pagamento das empresas depois que a crise do coronavírus terminar.
“Agora o foco é a saúde. Lá na frente vai voltar a ser a economia. E vamos ter que tratar com coragem da desoneração da folha de pagamentos”, disse Guedes em “live” com representantes do setor de varejo.
O ministro disse que os impostos que incidem sobre a folha de pagamentos empurram os brasileiros para informalidade, prejudicando inclusive a arrecadação da Previdência.
Os economistas são unânimes em criticar os encargos sobre o trabalho, mas ponderam que o problema é financiar o rombo que a desoneração vai provocar.
Na administração Dilma Rousseff, vários setores receberam esse tipo de benefício fiscal, o que ajudou a desorganizar as contas públicas. O governo, então, foi obrigada a voltar atrás e desfazer a medida.
No ano passado, a proposta da equipe de Guedes para cobrir o buraco da desoneração da folha era a retomada da polêmica CPMF, o imposto sobre transações financeiras.
A reação política, contudo, foi muito forte e derrubou até o secretário da Receita Federal na época. Na “live” deste sábado, Guedes não mencionou nada sobre a CPMF.