Não podemos olhar para categorias, diz relator da PEC Emergencial na Câmara
Parlamentares da conhecida "Bancada da Bala" pressionam para que haja mudanças no texto, já que a matéria prevê gatilhos como a proibição de aumento salarial
O deputado federal Daniel Freitas (PSL-SC), relator da PEC Emergencial na Câmara, afirmou, em entrevista à CNN nesta quarta-feira (10), que o país passa por um momento em que não se pode olhar para categorias profissionais para aprovar o texto.
Os parlamentares da conhecida “Bancada da Bala” pressionam para que haja mudanças na PEC, uma vez que a matéria prevê gatilhos como a proibição de aumento salarial a policiais.
“Eu quero elogiar o trabalho das forças policiais, que são importantes para o país, assim como, nesse momento de pandemia, os profissionais de saúde, como médicos, enfermeiros e assistentes sociais e os professores. Nós temos uma gama de funcionários públicos que são verdadeiramente importantes para o país”, disse Freitas.
“Esse é um momento que não devemos e não podemos, e isso foi um entendimento na votação de ontem, olhar agora para categorias. Nós temos que olhar para o nosso país, e é importante que cada um desses profissionais entenda o momento que estamos vivendo. E certamente com essas medidas nós vamos avançar e tornar nossa economia mais forte e mais segura para que essas carreiras possam, na sequência, se desenvolver”, avaliou.
Segundo o relator, o que há de mais urgente na PEC é a entrega do auxílio emergencial. “O Brasil tem pressa tanto para resolver a questão do auxílio quanto para nós avançarmos nas questões de segurança e equilíbrio fiscal. Num primeiro momento, houve uma tentativa da inclusão das forças de segurança na PEC, mas o entendimento é que nada pode atrasar a aprovação, principalmente para que o auxílio emergencial não fique comprometido”.
Está marcada para hoje a votação do segundo turno da PEC Emergencial, que abre caminho para o retorno do auxílio emergencial. A PEC foi aprovada em primeiro turno pela Câmara, com 341 votos. Para o parlamentar do PSL, o texto deve ser aprovado em 2º turno.
“Nós saímos do plenário da Câmara mais de 1h e certamente hoje o debate continua. Nós temos onze destaques e nós queremos vencer os onze para que essa PEC não seja desidratada. Nós esperamos que a Câmara tenha a mesma responsabilidade que tivemos na noite de ontem, e que hoje nós consigamos aprovar um segundo turno o mais rápido possível”.
(*Com informações de Larissa Rodrigues, da CNN, em Brasília)