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    Inquilinos e imobiliárias negociam cortes de contratos de aluguel

    Descontos podem chegar a 50% dos valores cobrados em alugueis

    A pandemia do coronavírus está impactando no orçamento dos trabalhadores, alguns estão sofrendo com a redução de jornadas, outros, trabalhadores informais, estão perdendo suas principais fontes de renda. Em decorrência do agravamento da crise, pedidos de renegociação de contratos de aluguel cresceram cerca de 40% na maioria das imobiliárias de São Paulo. Os descontos podem chegar a 50% nos valores cobrados.

    Os inquilinos estão solicitando a redução do aluguel de suas casas pelo período de 60 à 90 dias. O diretor executivo de imobiliária Matheus Fabrício explica que em alguns casos esses clientes se comprometeram a pagar a diferença, no futuro, de maneira parcelada. Em outros casos, o desconto está sendo negociado sem contrapartida futura. 

    Paralisação do mercado

    Medidas restritivas de isolamento social durante a quarentena fizeram com que muitos condomínios mudassem suas regras, proibindo visitas externas, entrada de prestadores de serviço e até mesmo mudanças. Como consequência, está havendo uma paralisação de novos contratos de aluguel em imobiliárias. Já que, até mesmo, a visita ao endereço para conhecer o imóvel, está impedida. 

    O especialista em mercado imobiliário e professor da FGV, Alberto Ajzental reforça que a pandemia limita a atuação de proprietários e inquilinos e os acordos são a única saída para que as partes não sejam completamente afetadas. “Se o inquilino pode pagar, hoje, 25 a 30% do valor, é melhor o proprietário receber alguma coisa do que nada”, conclui.

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