Novo imposto é opção para bancar Renda Brasil
Ao anunciar o envio de uma proposta de imposto, nesta quarta-feira, o ministro da Economia, Paulo Guedes, colocou ênfase na decisão política
A criação do imposto que o governo vai encaminhar ao Congresso nesta semana abre opção para financiar o programa social que até então estava sendo chamado de Renda Brasil.
Ao anunciar o envio de uma proposta de imposto, nesta quarta-feira, o ministro da Economia, Paulo Guedes, colocou ênfase na decisão política. Isso porque é o Congresso, articulado com o Planalto, que vai decidir para onde esse imposto vai, qual o tamanho dele e as regras de tributação.
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O plano inicial do governo era alimentar o novo Bolsa Família com a desvinculação de despesas obrigatórias previstas na Constituição. Basicamente, um dos principais pontos do Pacto Federativo. Um caminho complicado para assegurar o benefício que vai ditar os rumos da economia e da política em 2021. Ainda mais porque a ideia de desvincular despesas, como as de saúde e educação, consegue ser mais impopular do que uma nova CPMF.
Enquanto o ministro da Economia, Paulo Guedes, vê na proposta um imposto “feioso” que vai garantir emprego e renda, a classe política observa nele o maior ativo eleitoral deixado pela pandemia.