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    Transição nos EUA anima e Ibovespa fecha acima dos 109 mil pontos; dólar cai

    Também pesava positivamente o avanço de pelo menos três vacinas contra o novo coronavírus

    Matheus Prado e Leonardo Guimarães , do CNN Brasil Business



     

    Após 16 dias do anúncio da vitória de Joe Biden nas eleições presidenciais dos EUA, o atual presidente Donald Trump parece começar a aceitar o resultado. A Administração de Serviços Gerais (GSA, na sigla em inglês) informou ao democrata que a administração Trump está pronta para iniciar o processo formal de transição.

    Essa mudança de posição permitirá que os funcionários da agência atual coordenem a transição com a nova equipe de Biden e forneçam milhões em fundos governamentais. Essa informação soou como música no ouvido dos investidores

    O movimento animou os mercados e deu fôlego para que o Ibovespa fechasse o pregão de hoje acima dos 109 mil pontos. 

    A Bolsa paulista subiu 2,24% para 109.786 pontos. 

    O avanço foi sustentado pela firme alta dos papéis da Petrobras. As ações preferenciais (PETR4) da companhia subiram de 4,94%. As ordinárias (PETR3) vinham logo atrás, com crescimento de 5,34%.

    Além do otimismo com o desenvolvimento das vacinas contra a Covid-19, os investidores se animaram com a notícia de que uma subsidiária da empresa enviou notificações de resgate antecipado aos investidores de cinco títulos globais com vencimento em 2021 e 2022. O valor equivale a US$ 2 bilhões, excluindo juros capitalizados e não pagos. 

    As de shoppings lideraram os ganhos depois que o Credit Suisse atualizou suas estimativas para o setor no Brasil e afirmou que o ritmo de recuperação é melhor que o esperado pelo mercado. 

    Com isso, a Multiplan (MULT3) teve a maior alta do Ibovespa, com avanço de 7,16%. Logo atrás, a BrMalls (BRML3), com crescimento de 7,07%. As ações da Iguatemi (IGTA3) subiram 5,99%. 

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    Nesta terça-feira (24), os mercados de todo o mundo fecharam majoritariamente em alta, com maior apetite ao risco e enfraquecimento do dólar. Também pesava positivamente o avanço de pelo menos três vacinas contra o novo coronavírus.

    O rali de ativos de risco no mundo foi amplamente sentido no mercado de câmbio brasileiro nesta terça-feira, com o dólar fechando em firme queda ante o real e a moeda doméstica exibindo um dos melhores desempenhos globais na sessão.

    O dólar à vista caiu 1,09%, a  R$ 5,3759 na venda. A moeda oscilou em baixa durante todo o pregão, descendo a R$ 5,3725 na mínima intradiária (-1,16%). Na máxima, foi a R$ 5,4296, leve recuo de 0,10%.

    Lá fora

    Os principais índices de Wall Street saltavam nesta terça-feira, e o Dow Jones bateu uma máxima recorde, com o sinal verde para a transição do presidente eleito Joe Biden para a Casa Branca encerrando semanas de incerteza política.

    Todos os 11 principais índices S&P subiam, com setores economicamente sensíveis, como bancos, industrial e energia, liderando os ganhos, à medida que investidores trocavam os pesos pesados ??da tecnologia, vistos como apostas seguras durante a recessão.

    O Dow Jones era impulsionado por um aumento de 4,9% nas ações da Boeing, depois que reguladores europeus deram a aprovação preliminar para os jatos 737 MAX da companhia, abrindo caminho para uma autorização formal de voo em janeiro.

    Às 13:03 (horário de Brasília), o índice Dow Jones subia 1,27%, a 29.967 pontos, enquanto o S&P 500 ganhava 1,112201%, a 3.617 pontos. O índice de tecnologia Nasdaq avançava 0,82%, a 11.978 pontos.

    A Tesla Inc saltava 3,3%, com a fabricante de carros elétricos ultrapassando US$ 500 bilhões em valor de mercado, à medida que investidores seguiam demandando as ações da empresa depois da inclusão da companhia no índice S&P 500.

    As principais bolsas da Ásia e da Oceania fecharam sessão em altas firmes, à medida que o rali para o risco visto na véspera em Wall Street se estendeu aos continentes. O otimismo tem como pano de fundo as notícias de vacinas contra a Covid-19 e da transição de poder nos Estados Unidos.

    O grande destaque desses mercados foi o pregão em Tóquio. Fechada na segunda-feira devido a um feriado local, a Bolsa de Tóquio teve forte avanço. O Nikkei saltou 2,50%, terminando aos 26.165,59 pontos, o maior nível desde maio de 1991. Das 225 empresas do índice, somente 20 não subiram nesta terça. Já a Bolsa de Seul fechou em 2.617,76 pontos, valorização de 0,58%.

    Os ganhos foram impulsionados pelo otimismo dos investidores com as esperanças crescentes das vacinas contra a Covid-19, após a notícia de que o imunizante da AstraZeneca, desenvolvido em parceria com a Universidade de Oxford, apresentou eficácia de até 90% e tem fácil capacidade de armazenagem. A notícia veio na esteira de testes bem-sucedidos da Pfizer e da Moderna, anunciados na semana passada.

    Também contribuiu para o ambiente de negócios a sinalização de uma transição mais pacífica nos Estados Unidos, após o presidente Donald Trump ter autorizado o governo a iniciar os protocolos formais de a passagem de poder para a equipe de Joe Biden.

    Além disso, a expectativa de que a ex-presidente do Federal Reserve Janet Yellen assuma a secretária do Tesouro americano animou os investidores, à medida que ela advoga por mais estímulos econômicos. 

    Na Oceania, o índice S&P/ASX 200, de Sydney, foi a 6.644,10 pontos (+1,26%) e o S&P/NZX 50, de Wellington, terminou em 12.553,38 pontos (+0,41%).

    A exceção foram os mercados da China, que viveram uma realização de lucros. A Bolsa de Xangai caiu aos 3.402,82 pontos (-0,34%) e a de Shenzhen recuou aos 2.401,03 pontos (-0,34%).

    (Com Estadão Conteúdo e Reuters)

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