Para 56% dos deputados, reforma tributária tem chance alta de aprovação em 2020
Levantamento foi feito com 146 parlamentares de 22 partidos entre os dias 20 e 31 de julho
Entre as principais propostas com tramitação prevista para o segundo semestre deste ano, a reforma tributária é a que os deputados consideram ter maior chance de aprovação, segundo uma pesquisa da XP Investimentos divulgada nesta terça-feira (11).
O levantamento, feito com 146 parlamentares de 22 partidos entre os dias 20 e 31 de julho, indica que 56% deles considera alta a probabilidade de a reforma tributária ser aprovada na Câmara e no Senado até o fim de 2020.
Outros 32% acham que essa proposta tem chances médias de passar nas duas Casas e 12% acham que as chances são baixas – 1% dos entrevistados não soube ou não opinou sobre essa reforma.
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Na sequência, aparece o programa de renda mínima proposto pelo governo, o Renda Brasil. Neste caso, 42% dos deputados consideram ter chance alta de se transformar em norma até o fim do ano, contra 38% que acham esta chance média e 14%, baixa.
Em seguida, está o pacto federativo, que conta com a mesma percepção – de 35% dos entrevistados – para chances alta e média de aprovação, contra 26% que acham que será difícil aprová-la.
Dentre as oito propostas presentes na pesquisa, a privatização da Eletrobras é a que conta com menos possibilidade de ser aprovada, já que apenas 23% dos deputados acreditam que as chances para isso são altas, contra 43% que acham que são médias 31%, baixas.
Detalhes da reforma tributária
Com relação aos detalhes da proposta de reforma tributária, 77% dos parlamentares se dizem mais favoráveis a uma unificação de PIS, Cofins e IPI, conforme proposto pelo governo federal (8% se dizem contra), do que uma unificação mais ampla, que inclua também ICMS e ISS (59%), conforme previsto na PEC 45.
Sobre a tributação de dividendos com redução de imposto de renda de pessoa jurídica, 57% dos entrevistados são favoráveis.
Ao mesmo tempo, 20% dos parlamentares apoiam a criação de um imposto sobre pagamentos digitais. Esse percentual vai a 32% se os recursos forem usados para custear a desoneração da folha de pagamento ou o benefício do Renda Brasil.
Avaliação do governo
Ainda de acordo com a pesquisa, passou de 41% para 44% a avaliação de ótimo ou bom sobre o relacionamento individual do parlamentar com a Presidência da República entre dezembro de 2019 e julho de 2020. Ruim ou péssimo oscilou de 31% para 32% e regular manteve-se em 24% entre os dois últimos levantamentos. Também subiu de 32% para 39% o índice de deputados que consideram que as demandas são “muito bem ou bem” atendidas; “mais ou menos” subiu de 26% para 30%; caiu de 31% para 27% quem considera que as demandas são “mal ou muito mal” atendidas.