Contas do governo central voltam para o azul e têm superávit de R$ 2 bi em março
No primeiro trimestre do ano as contas também ficaram positivas, com superávit primário de R$ 24,443 bilhões
De volta ao azul, as contas do governo central tiveram superávit primário de R$ 2,101 bilhões em março de 2021, de acordo com dados divulgados pela Secretaria do Tesouro Nacional (STN) nesta quinta-feira (29).
O valor é o melhor para meses de março desde 2014. No mesmo mês do ano passado, quando os impactos da pandemia de Covid-19 começavam a chegar no Brasil, o resultado foi deficitário em R$ 21,131 bilhões.
O resultado primário do governo central inclui as contas do Tesouro Nacional, do Banco Central e da Previdência Social, excluídas as despesas com juros. O déficit acontece quando as receitas do governo não são suficientes para pagar as despesas.
O Tesouro Nacional foi o único a registrar superávit, com as contas positivas em R$ 22,188 bi em março. Já a Previdência Social e o Banco Central apresentaram, respectivamente, déficit de R$ 20,047 bilhões e R$ 40 milhões.
Após 11 meses consecutivos de rombo fiscal, as contas públicas tinham registrado resultado positivo em janeiro deste ano. No entanto, em fevereiro voltaram para o vermelho.
O resultado de março foi puxado por uma arrecadação recorde de R$ 137,9 bilhões no mês passado.
1º trimestre
No primeiro trimestre do ano as contas também ficaram positivas, com superávit primário de R$ 24,443 bilhões. O númeor foi o melhor para o período desde 2013. Em 2020, o acumulado de janeiro a março registrou déficit de R$ 2,856 bilhões.
A meta fiscal deste ano é de rombo de R$ 286,011 bilhões. Em 2020, por conta do decreto de Estado de Calamidade, necessário para o combate à pandemia, o governo ficou desobrigado de cumprir a meta fiscal daquele ano, registrando déficit de R$ 743 bilhões.