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    Dólar recua 3,3% com expectativa de alta na Selic; Ibovespa volta a subir

    O índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que calcula a inflação oficial do Brasil, encerrou 2020 em 4,52% e influenciou o recuo do dólar

    Matheus Prado e Leonardo Guimarães, do CNN Brasil Business, em São Paulo



     

    Um forte movimento de realização de lucros ditado pelo exterior levou o dólar à maior queda em dois anos e meio nesta terça-feira, com a moeda devolvendo em apenas um dia mais da metade do ganho acumulado nas primeiras sessões de 2021.

    O dólar à vista caiu 3,32%, a R$ 5,3208 na venda, na maior baixa percentual diária desde 8 de junho de 2018 (-5,59%). Ao longo da jornada, a cotação oscilou entre R$ 5,4948 (-0,15%) e R$ 5,3192 (-3,35%). O real liderou, com folga, os ganhos entre as principais moedas globais, depois de encabeçar as perdas nas últimas sessões.

    Já na B3, o Ibovespa voltou a subir e fechou aos 123.998 pontos – alta de 0,6%. As ações ligadas ao turismo, muito descontadas por causa da pandemia de Covid-19, foram bem no pregão de hoje. Embraer (EMBR3) teve a maior valorização do dia, com ganho de 7,9%. Gol (GOLL4) subiu 3,94%, Azul (AZUL4) avançou 3,51% e CVC (CVCB3) teve valorização de 2,73%. 

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    Investidores olhavam para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que calcula a inflação oficial do Brasil e encerrou 2020 em 4,52%. 

    Além de estar acima do centro da meta para o ano, que era de 4%, o índice é o maior desde 2016, quando a inflação do Brasil foi de 6,3%. Os números foram divulgados nesta terça-feira (12) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 

    “Isso acabou fomentando uma expectativa por uma alta na taxa básica de juros mais cedo do que o previsto. Foi o fator que mais influenciou na queda acentuada do dólar nesta terça”, afirma Alejandro Ortiz, economista da Guide Investimentos. 

    “Vale observar, entretanto, que, no Brasil, a preocupação fiscal segue como principal fator que mantém o real depreciado e continuará como um dos temas principais em 2021”, disse a Rico em relatório. A casa ainda estima dólar a R$ 4,90 ao fim do ano e com potencial de apreciação adicional se o cenário global continuar a sugerir o dólar mais fraco ante moedas emergentes. 

    Lá fora

    As bolsas norte-americanas tiveram desempenho moderado nesta terça-feira, com os investidores evitando grandes apostas antes da safra de balanços corporativos, que deve lançar luz sobre a saúde das empresas norte-americanas e a economia.

    O índice Dow Jones subiu 0,19%, aos 31.068,69 pontos, o S&P 500 teve alta de 0,04%, aos 3.801,19 pontos, e o Nasdaq valorizou-se 0,28%, aos 13.072,43 pontos.

    O índices acionários europeus fecharam estáveis nesta terça-feira, com setores economicamente sensíveis como bancos, montadoras e petróleo dando suporte aos mercados no continente.

    O índice FTSEurofirst 300 subiu 0,04%, a 1.577 pontos, enquanto o índice pan-europeu STOXX 600 ganhou 0,05%, a 409 pontos, depois de uma sessão mista.

    O mercado acionário da China se recuperou nesta terça-feira do maior recuo em três semanas na sessão anterior, e o índice de blue-chips CSI300 fechou na máxima em quase 13 anos.

    O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em Xangai e Shenzhen, subiu 2,85%, para o nível mais alto desde 15 de janeiro de 2008, enquanto o índice de Xangai teve alta de 2,18%.

    O setor de aviação esteve entre os maiores vencedores depois que o regulador da aviação civil disse, em reunião anual nesta terça-feira, que o tráfego de passageiros vai recuperar 90% do nível pré-Covid-19 como parte de seu objetivo para 2021.

    As ações da China Aerospace Times Electronics Co Ltd atingiram o limite diário de alta no fechamento.

    Os papéis de consumo também se destacaram depois de fortes perdas no dia anterior. O subíndice do setor financeiro saltou 3,58%.

    No restante da região, as bolsas fecharam sem direção específica, ainda pesando o avanço do novo coronavírus. No Japão, o índice Nikkei avançou 0,09%, a 28.164 pontos. Já em Hong Kong, o índice Hang Seng subiu 1,32%, a 28.276 pontos.

    Em Seul, o índice Kospi teve desvalorização de 0,71%, a 3.125 pontos, assim como em Taiwan o índice Taiex registrou baixa de 0,36%, a 15.500 pontos. Na Oceania, o índice S&P/ASX 200, de Sydney, recuou 0,27%, a 6.679 pontos.