Hamas afirma manter mais de 100 reféns, incluindo oficiais do Exército de Israel
Além de israelenses, acredita-se que pessoas de várias outras nacionalidades também tenham sido sequestradas pelo grupo islâmico
O Hamas mantém mais de 100 reféns israelenses em Gaza, incluindo oficiais de alto escalão do Exército, afirmou um porta-voz do grupo islâmico neste domingo (8).
O número de reféns israelenses “ainda não foi contado, mas são mais de 100”, declarou o vice-chefe do gabinete político do Hamas, Mousa Abu Marzouk, em entrevista ao canal de notícias árabe al-Ghad TV.
Questionado sobre a presença de oficiais do Exército de Israel entre os reféns, Marzouk disse: “Há oficiais de alta patente”.
Outro grupo armado palestino, a Jihad Islâmica, disse também neste domingo que mantém pelo menos 30 reféns em Gaza.
A CNN não conseguiu verificar as informações do Hamas e da Jihad Islâmica.
Autoridades de Israel já afirmaram que dezenas de israelenses estão mantidos como reféns em Gaza, mas não confirmaram quantos.
O pai de uma mulher israelense de 25 anos que teria sido feita refém em um festival de música perto da fronteira Gaza-Israel no sábado disse que “não queria acreditar” no ocorrido.
Além de israelenses, acredita-se que pessoas de várias outras nacionalidades também tenham sido feitas reféns.
Entre eles, dois cidadãos mexicanos, uma mulher e um homem, “presumivelmente” foram feitos reféns pelo Hamas, disse no domingo a ministra das Relações Exteriores do México, Alicia Barcena. Pelo menos três cidadãos brasileiros também estão desaparecidos, segundo as autoridades do Brasil.
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Mais cedo, o Hamas também afirmou que seus agentes ainda estão presentes em Israel e que conduzem operações em Mavki’im, no sul do país, a norte de Gaza.
O porta-voz das Forças de Defesa de Israel, major Ben Wahlhaus, confirmou: “Ainda estamos lutando no sul. As pessoas ainda estão dentro de suas casas, dentro de seus quartos seguros, dentro de seus abrigos antiaéreos”, disse à CNN.
“Nossas forças estão lá tentando fazer tudo o que podem para tirar esses terroristas de Israel e parar de atacar nossos civis. E isso inclui tudo o que tem acontecido nas últimas 24 horas”, acrescentou.