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    Demora no avanço da reforma tributária é questão política, avalia economista

    Segundo Bernard Appy, propostas do governo federal, dos estados e da Câmara e do Senado “têm um bom espaço de convergência”

    Da CNN, em São Paulo

    A demora no avanço da reforma tributária se deve às “questões políticas”. Esta é a análise do economista Bernard Appy, diretor do Centro de Cidadania Fiscal.  

    “Conhecendo os políticos mais experientes, eles geralmente botam para votar aquilo que tem uma razoável segurança de que vai ser votado e aprovado”, disse em entrevista à CNN nesta segunda-feira (5).

    “Eu acho que tem algumas questões que estavam em aberto. A questão com grandes municípios acho que está bem encaminhada. E tem essa questão do governo federal, que tem condicionado o apoio à reforma da tributação de bens e serviços, a criação da CPMF com a desoneração da folha, que aparentemente é o que está gerando maior dificuldade para a reforma avançar no curto prazo”, avaliou.

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    Para Appy, as propostas do governo federal, dos estados e da PEC 45 e 110 – da Câmara e do Senado – “têm um bom espaço de convergência”. 

    “No caso dos municípios, eles têm um projeto que chama Simplifica Já, que eu acho mais difícil compatibilizar com os outros porque prevê a manutenção da separação entre ICMS e ISS. Isso, na verdade, é muito ruim para reforma tributária porque tem um efeito muito negativo sobre a produtividade”, avalia.