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    EUA: Senadora critica Disney por demissões e diz que empresa prioriza acionistas

    Em setembro, a Disney disse que estava demitindo 28 mil pessoas nos Estados Unidos, pois a pandemia de Covid-19 havia dizimado parques e resorts

    A senadora norte-americana Elizabeth Warren criticou a Disney no início de outubro por causa de demissões e outras decisões que ela diz priorizar os acionistas em vez dos funcionários. A empresa respondeu, mas Warren não ficou satisfeita com a declaração.

    Em setembro, a Disney disse que iria demitir 28 mil pessoas nos Estados Unidos, pois a pandemia de Covid-19 havia dizimado parques e resorts.

    Pouco depois disso, em uma carta em 13 de outubro, Warren criticou a Disney por tomar decisões de negócios “míopes” que explodiram o capital da empresa, enquanto “regava seus principais executivos com pacotes de remuneração e salários exorbitantes”.

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    O CEO da Disney, Bob Chapek, respondeu a Warren, também em carta, na terça-feira (27), dizendo que a “acusação da senadora de que nossas ações passadas de alguma forma enfraqueceram nosso colchão financeiro e nossa capacidade de reter e pagar trabalhadores em meio à pandemia é mal interpretada e enganosa”.

    “Como a senhora bem sabe, esta crise sem precedentes teve um impacto devastador nas empresas em todo o país, e as grandes e pequenas tiveram que tomar as difíceis medidas necessárias para resistir ao impacto”, acrescentou.

    Warren respondeu em um comunicado no dia seguinte (28): “A Disney não responde às minhas perguntas porque não tem boas respostas. A empresa disse que era simplesmente inviável continuar pagando os trabalhadores, mas não tinha explicação de como seria viável restaurar o pagamento dos executivos seniores”.

    Elizabeth Warren foi derrotada em Massachusetts
    A senadora Elizabeth Warren
    Foto: CNN

    Cortes 

    Chapek concordou, no início deste ano, em aceitar um corte de 50% no pagamento, e o presidente executivo, Bob Iger, concordou em abrir mão do restante de seu salário. Vice-presidentes da Disney e diretores também tiveram cortes temporários de pagamento com percentuais menores neste ano. Mas, em agosto, segundo o site Deadline, os cortes terminaram (não ficou claro se os cortes voluntários de Iger e Chapek foram revertidos por essa decisão).

    A senadora também observou no início deste mês que os salários-base representam uma pequena parte da remuneração geral dos executivos da Disney. A companhia não respondeu a um pedido de entrevista sobre os comentários da senadora.

    Warren acrescentou: “A Disney gastou seu fundo de emergência distribuindo bilhões de dólares a seus principais executivos e acionistas ricos em recompras de ações e dividendos”, mas assim que a pandemia atingiu seus negócios, “deixou milhares de trabalhadores na mão”.

    Em sua carta, Chapek observou que a Disney fechou os parques nos EUA em março, mas continuou a pagar os funcionários por “bem mais de um mês”. “Como a pandemia persistiu, tivemos que tomar a difícil decisão de dispensar os funcionários e, ao mesmo tempo, continuar pagando o custo total de seus planos de saúde”, continuou.

    “Mais de seis meses após o fechamento de nossos parques no país, com o resultado da pandemia ainda muito incerto, não tivemos escolha a não ser demitir vários funcionários que não estavam trabalhando.”

    Chapek acrescentou que as decisões financeiras da Disney nos últimos anos são “completamente não relacionadas à necessidade de demitir funcionários”.

    “Como afirmamos, dadas as incertezas em curso desta pandemia, incluindo limites na capacidade de promover o distanciamento social e a recusa do estado da Califórnia em permitir uma reabertura segura em breve, infelizmente não é viável pagar indefinidamente empregados que não trabalham”.

    (Texto traduzido. Leia o original em inglês.)

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