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    CNI vê tributação mais alta para indústria como equívoco econômico e social 

    Segundo a CNI, do ponto de vista econômico, a diferença de tributação sobre o valor adicionado interfere na alocação de recursos entre os setores

    Anna Russi, da CNN, em Brasília

     

    Após fala do ministro da Economia, Paulo Guedes, sobre alíquota mais alta para a Indústria, o setor afirmou que tributar mais produtos e menos serviços é um “equívoco econômico e social”, bem como “injusto do ponto de vista social e contribui para aumentar a regressividade do sistema tributário brasileiro”. A afirmação é da Confederação Nacional da Indústria (CNI). 

    Em defesa da reforma tributária, a Indústria defende que a simplificação e modernização do sistema tributário sirva também para mudar a carga tributária mais elevada para o setor industrial. Assim, a Confederação defende uma reforma tributária que introduza no Brasil um Imposto sobre Valor Adicionado (IVA), com alíquota uniforme sobre bens e serviços.

     

    “O fato de que hoje a indústria é o setor que suporta a maior carga tributária, quando comparamos o montante de tributos recolhidos em relação ao PIB do setor, não significa que a situação deva se manter eternamente. Muito menos, que esta seja a melhor opção de política tributária”, argumenta.

    Segundo a CNI, do ponto de vista econômico, a diferença de tributação sobre o valor adicionado interfere na alocação de recursos entre os setores econômicos.

    “Por que investir capital no setor industrial e ter o valor adicionado por ele tributado, em média, a 46,2% enquanto em outros setores a renda com esse mesmo capital será muito menos tributada?”, questiona. 

    “Trata-se, portanto, de um desestímulo aos investimentos no setor industrial, que é aquele com maior capacidade de puxar o crescimento da economia. Cada R$ 1 produzido na indústria de transformação gera outro R$ 1,67 na produção da economia como um todo, sendo que, deste R$ 1,67, R$ 0,84 são gerados no setor de serviços”, completa.

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