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    Coronavírus é oportunidade de investimento em saúde pública, diz membro do Fed

    Presidente do Federal Reserve de St. Louis, James Bullard se diz pronto para ajudar mais, inclusive na disponibilização de mais empréstimos diretos do BC

    Reuters

    Em tempos normais, o desemprego em massa e o colapso da produção econômica seriam trágicos.

    Desta vez, como o coronavírus enclausura milhões de norte-americanos e paralisa a economia dos EUA, a situação pede a promoção de investimento em saúde pública para estabelecer as bases para uma recuperação rápida.

    Essa é a opinião do presidente do Federal Reserve de St. Louis, James Bullard, que argumenta que a potencial perda de US$ 2,5 trilhões na economia é, ao mesmo, tempo necessária e gerenciável, caso as autoridades ajam de forma rápida e simplificada.

    Pode parecer uma visão não convencional em um momento de ansiedade global, mas Bullard argumenta que as medidas de bloqueio que estão sendo implementadas agora são essenciais para encurtar o curso da pandemia.

    Elas também devem ser aliadas a um forte apoio do governo federal para sustentar a população por meio do seu isolamento iminente e preparar a economia para continuar de onde parou. As recessões são as contrações comuns –até previsíveis– das atividades que marcam o fim dos ciclos comerciais normais.

    Bullard ganhou reputação dentro do Fed por sua propensão a repensar problemas e reformular os debates.

    “Encare isso como um investimento massivo na saúde pública dos EUA”, disse Bullard em uma entrevista por telefone na sexta-feira (20).

    Bullard estava no grande grupo do Fed que, a princípio, sentiu que o risco do vírus passaria com pouco dano econômico, assim como no caso de outros problemas de saúde semelhantes, como Sars e Ebola.

    Todos agora estão tentando recuperar o atraso, com reduções nos juros de emergência, novos programas extensivos para manter o mercado funcionando e outras medidas para ajudar a economia.

    Em linha com seus colegas, ele disse que está pronto para fazer mais, incluindo a disponibilização de mais empréstimos diretos do Fed, se necessário.

    “Ainda é cedo e estamos dispostos a fazer mais. Estou disposto a fazer mais”, afirmou.

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