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    China diz esperar que os EUA “façam mais” por diálogo entre os países

    Comunicado foi dado pelo Ministério das Relações Exteriores chinês nesta segunda-feira (2), em meio a acusações de Washington sobre Pequim manipular informações em escala global

    Ryan Wooda Reuters , em Pequim

    A China afirmou que espera mais iniciativas dos EUA que conduzam ao diálogo sino-americano, em um comunicado publicado pelo Ministério das Relações Exteriores chinês, nesta segunda-feira (2), dias depois de Washington irritar Pequim com acusações de manipulação de informações em escala global.

    A comunicação entre as autoridades de ambos os lados aumentou nos últimos meses, o que trouxe alguma melhora no diálogo quanto aos impasses envolvendo questões como Taiwan, as origens da Covid-19 e acusações de espionagem chinesa.

    “Esperamos que os Estados Unidos nos encontrem no meio do caminho e façam mais coisas que conduzam ao diálogo sino-americano”, disse o ministério em um comunicado.

    A China sempre considerou os laços bidirecionais de acordo com as linhas de respeito mútuo, coexistência pacífica e cooperação mútua, acrescentou o ministério.

    A declaração veio em resposta a um pedido da Reuters para comentar uma mensagem enviada na semana passada pelo secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, desejando “paz, felicidade e prosperidade” para o povo chinês antes do feriado do Dia Nacional da China no domingo (1º).

    Embora Blinken tenha saudado a cooperação da China no enfrentamento de desafios compartilhados sobre clima, saúde pública, combate ao narcotráfico, segurança alimentar e estabilidade macroeconômica global, ele não fez menção a nenhuma cooperação em tecnologia.

    O governo Biden restringiu as exportações de chips para a China, afirmando que o objetivo é negar a Pequim o acesso à tecnologia avançada que poderia promover avanços militares ou abusos de direitos. A China rebateu as acusações dizendo que os EUA tentam realizar coerção econômica.

    Um relatório do Departamento de Estado dos EUA publicado na quinta-feira (27) acusou Pequim de investir bilhões de dólares anualmente em esforços de manipulação de informações, o que levou o Ministério das Relações Exteriores da China a chamar os Estados Unidos de o verdadeiro “império da mentira”.

    Entretanto, a declaração do ministério nesta segunda-feira não mencionou o relatório anterior do Departamento de Estado norte-americano.

    Apesar das ocasionais faíscas, as expectativas têm aumentado de que as recentes rodadas de conversações de alto nível poderiam ajudar a preparar o caminho para uma reunião entre o presidente dos EUA, Joe Biden, e o presidente da China, Xi Jinping, ainda neste ano.

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