Ibovespa fecha acima dos 117 mil pontos com Orçamento e Fed em pauta; dólar sobe
A divisa chegou a flertar com os R$ 5 no início da semana, mas recuou com as incertezas no mercado interno, incluindo os rumos da política fiscal
O dólar deu uma pausa nas quedas e subiu depois que o banco central dos Estados Unidos, sem surpresas, manteve os juros perto de zero. O dólar à vista subiu 0,41%, a R$ 5,1082 na venda.
Já na B3, o Ibovespa suege seu rali de final de ano, puxado principalmente por commodities.O índice acionário fechou em alta de 1,47% para 117.857,35 pontos. Mais cedo, o Ibovespa superou os 118 mil pontos pela primeira vez desde janeiro.
A pontuação recorde de fechamento do Ibovespa é de 23 de janeiro, quando terminou a 119.527,63 pontos.
Braskem (BRKM5) avançou 5,94%. As ações da Vale (VALE3) subiram 1,78% depois de chegar a cair 1% pela manhã.
A bolsa também divulgou a segunda prévia do Ibovespa que irá vigorar nos primeiros quatro meses de 2021, na qual manteve a entrada de Copel, Eneva, JHSF e Unidas.
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Hoje, o Congresso aprovou Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2021 com meta fiscal de déficit de R$ 247 bilhões e salário mínimo de R$ 1.088.
Hoje, o BC dos Estados Unidos decidiu manter os juros na faixa entre 0% e 0,25% ao ano, conforme esperado por especialistas.
A economia americana, segundo o Fed, segue se recuperando, mas permanece em patamar bem abaixo dos níveis do começo do ano. O nível da economia, diz o comunicado, depende “significativamente” do curso do vírus.
Lá fora
Wall Street subiu nesta quarta-feira, com o Nasdaq fechando em nível recorde, enquanto investidores aguardavam um potencial pacote fiscal de estímulo econômico e depois que o Federal Reserve repetiu promessa de manter sua taxa básica de juros perto de zero.
As ações negociaram em território positivo depois que o Fed prometeu continuar injetando dinheiro nos mercados financeiros para combater a recessão, mesmo com as perspectivas dos formuladores de política monetária para o próximo ano melhorando após a distribuição inicial de uma vacina contra o coronavírus.
O Dow Jones recuou 0,15%, aos 30.154 pontos, o S&P 500 ganhou 0,18%, aos 3.701 pontos, e o Nasdaq valorizou-se 0,5%, aos 12.658 pontos.
As ações europeias fecharam em alta nesta quarta-feira devido a dados otimistas sobre a atividade empresarial regional, esperanças crescentes de um acordo comercial do Brexit e a possível implementação de uma vacina contra a Covid-19 no continente antes do Ano Novo.
O índice FTSEurofirst 300 subiu 0,8%, a 1.529 pontos, enquanto o índice pan-europeu STOXX 600 ganhou 0,82%, a 396 pontos, tendo tocado um pico em quase dez meses durante a sessão.
Os mercados acionários asiáticos não tiveram sinal único. A perspectiva de mais estímulos fiscais nos Estados Unidos apoiou o humor em algumas praças, diante do potencial impacto global da medida, mas também seguiu em foco o risco diante da nova onda global de casos da Covid-19.
Na China, a Bolsa de Xangai terminou com baixa de 0,01%, em 3.366,98 pontos, e a de Shenzhen, de menor abrangência, recuou 0,35%, a 2.352,95 pontos. Ações ligadas ao consumo em geral subiram, com aquelas de bebidas e alimentos e viagens liderando os ganhos, enquanto companhias de semicondutores lideraram as baixas.
Já na Bolsa de Tóquio, o índice Nikkei fechou com ganho de 0,26%, em 26.757,40 pontos. Ações de siderúrgicas e transportadoras marítimas estiveram entre os destaques.
Na Coreia do Sul, o índice Kospi teve alta de 0,54%, a 2.771,79 pontos. A chance de mais estímulos fiscais nos EUA apoiou o sentimento em Seul, após fechamento recorde do Nasdaq ontem em Nova York. Ações dos setores de tecnologia e transporte marítimo puxaram os ganhos.
Em Hong Kong, o índice Hang Seng subiu 0,97%, para 26.460,29 pontos, com ações do setor de tecnologia entre os destaques. Em Taiwan, o índice Taiex teve ganho de 1,68%, a 14.304,46 pontos.
Na Oceania, o índice S&P/ASX 200 fechou em alta de 0,72%, em 6.679,20 pontos. Papéis de mineradoras e do setor de tecnologia puxaram os ganhos, com as negociações por estímulos nos EUA também no radar.
(Com informações de Reuters e Estadão Conteúdo)
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