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    OMS fará nova investigação sobre origem do novo coronavírus na China

    Embora diga confiar no estudo da China sobre a Covid-19, organização anuncia "missão mais acadêmica" para investigar o vírus no país asiático

    Da CNN, em São Paulo

    A Organização Mundial da Saúde (OMS) afirmou nesta quarta-feira (6) que realiza uma investigação independente sobre o novo coronavírus, embora diga confiar nos estudos feitos pela China sobre a origem da transmissão comunitária da doença.

    Em entrevista coletiva na Suíça, o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom, ressaltou que a organização realizou duas missões científicas no país em fevereiro, que serviram para “produzir recomendações globais de proteção”. “Também planejamos realizar uma nova missão, mais acadêmica, para continuar ajudando na pesquisa”, afirmou.

    Ele disse ainda que a OMS recomendou ao país asiático, pouco depois de ser notificada sobre o surgimento de uma nova doença respiratória, ainda no fim de 2019, que investigasse o vírus.

    “A China concluiu esse estudo e a OMS tem o dever de confiar e reproduzir os resultados, sem dizer se concorda ou discorda”, completou.

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    Ainda assim, a organização iniciou sua própria investigação assim que recebeu os primeiros relatos da doença, explicou a epidemiologista Maria Van Kerkhove, do Programa de Emergência em Saúde da OMS, 

    “[Mesmo] após o anúncio do governo chinês [sobre transmissão comunitária], mantivemos contato com nosso escritório no país e solicitamos mais informações sobre a doença, buscando estudar melhor os casos”, explicou.

    Questionada sobre a possibilidade de a Covid-19 ter se espalhado para o mundo ainda em 2019, como sugere um recente estudo feito por médicos franceses, Kerkhove disse que ainda é preciso uma avaliação mais profunda, para evitar “falsos positivos”.

    “Precisamos continuar investigando esses casos e a linha do tempo da Covid-19. O primeiro caso em Wuhan aconteceu em 1º de dezembro, então é possível que o vírus tenha chegado em outros países já no ano passado. Mas não podemos especular no momento”, disse.

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