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    ‘Não falta oxigênio em São Paulo’, diz secretário de saúde da capital

    Segundo ele, o que há é uma pressão na logística de distribuição devido ao aumento exponencial do consumo

    Produzido por Juliana Alves, da CNN São Paulo

     

    Profissionais da saúde de São Paulo informaram que, por falta de oxigênio para tratar pacientes com Covid-19, pelo menos dez pessoas que estavam internadas na unidade de pronto-atendimento Ermelino Matarazzo tiveram que ser transferidas.  De acordo com o Secretário de Saúde da cidade de São Paulo, Edson Aparecido, o problema ocorreu na distribuição e não por falta do insumo.

    “Não falta oxigênio. O que nós temos hoje é uma pressão na logística de distribuição”.

    Segundo o secretário, na tarde de sexta-feira (19), a UPA Ermelino Matarazzo começou a usar o tanque de reserva e, enquanto o oxigênio não era reabastecido pela empresa, os médicos decidiram, por precaução, tranferir os pacientes. 

    “O que aconteceu nesta UPA é que nós estávamos chegando ao limite do tanque que tem na unidade. A nossa equipe solicitou à empresa o reabastecimento por volta de 11 horas da manhã de sexta-feira (19). A empresa não conseguiu nos atender até o final da tarde, e aí a equipe médica tomou a atitude correta de fazer a transferência dos dez pacientes para o Hospital Itaquera.”

    Edson Aparecido explica que a dificuldade na logística de distribuição é consequência de uma alta exponencial no consumo de oxigênio. “Para você ter uma noção, em uma unidade como esta, a gente abastecia de oxigênio uma vez por semana. Neste momento de pico da pandemia, nós estamos tendo que abastecer três vezes por dia”, disse.

    A empresa responsável pelo fornecimento, White Martins, alega que não faltou oxigênio na unidade de saúde.

     

    Medidas

    O secretário afirmou ainda que a Prefeitura de São Paulo já está tomando medidas para sanar esse tipo de problema, entre elas conseguir novos fornecedores de oxigênio para a capital e alugar pequenas usinas de oxigênio.

    Além disso, a prefeitura pediu a ajuda da Fiesp para coletar cilindos. “Estivemos em contato com a Fiesp para que nos ajudem a coletar cilindros de oxigênio porque o utilizado na indústria siderúrgica é o mesmo utilizado na saúde.”

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