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    Estudo descobre quase 200 mutações genéticas do novo coronavírus

    Cientista analisaram amostras de mais de 7.500 pessoas infectadas com COVID-19

    Amostras de exames para novo coronavírus em laboratório em Berna, na Suíça
    Amostras de exames para novo coronavírus em laboratório em Berna, na Suíça Foto: Arnd Wiegmann -22.abr.2020/ Reuters

    Uma análise genética de amostras de mais de 7.500 pessoas infectadas com o novo coronavírus leva a crer que o vírus está se adaptando a seus hospedeiros humanos, disseram cientistas nesta quarta-feira (6).

    Um estudo do Instituto de Genética do University College de Londres (UCL) descobriu quase 200 mutações genéticas recorrentes do novo coronavírus SARS-CoV-2, o que para os pesquisadores é uma evidência de como ele pode estar evoluindo à medida que se dissemina nas pessoas.

    François Balloux, professor da UCL que coliderou a pesquisa, disse que os resultados apontaram que uma grande proporção da diversidade genética global do SARS-CoV-2 é encontrada em todos os países mais atingidos. Isso sugere que o vírus já estava sendo transmitido amplamente ao redor do globo desde o início da epidemia.

    “Todos os vírus mutam naturalmente. As mutações em si mesmas não são uma coisa ruim, e não há nada que indique que o SARS-CoV-2 esteja mudando mais rápido ou mais devagar do que o esperando”, disse Balloux. “Por enquanto não podemos dizer se o SARS-CoV-2 está se tornando mais ou menos letal e contagioso.”

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    Mais de 3,68 milhões de pessoas já foram infectadas pelo novo coronavírus em todo o mundo e 258 mil morreram, de acordo com dados da Universidade Johns Hopkins, dos EUA. Infecções foram relatadas em mais de 187 países e territórios desde que os primeiros casos foram identificados na China em dezembro de 2019.

    As conclusões da equipe da UCL, publicadas nesta quarta-feira no periódico científico “Infection, Genetics and Evolution“, confirma que o vírus surgiu no final de 2019, disse Balloux, e depois se espalhou rapidamente pelo planeta.

    O estudo não conseguiu confirmar o ponto ou localização com exatidão.

    Os resultados do estudo se somam a indícios crescentes de que os vírus SARS-CoV-2 compartilham um ancestral a partir do final de 2019, o que leva a crer que foi quando o vírus passou de um hospedeiro animal para humanos.

    Isto significa que é muito improvável que o vírus causador da Covid-19 estava circulando entre humanos muito antes de ser detectado pela primeira vez, explicou Balloux.

    Um estudo de cientistas da França publicado no começo desta semana revelou que um francês com Covid-19 pode ter sido infectado em 27 de dezembro, um mês antes de o país confirmar seus primeiros casos.

    (Com Reuters)