São Paulo entregará 40 milhões de doses da Butanvac no 2º semestre, diz Doria
Governo de São Paulo garantiu a capacidade produtiva das fábricas do Instituto Butantan para entregar 18 milhões de doses até julho e 60 milhões no 2º semestre
O governo de São Paulo anunciou nesta quarta-feira (28) o início da produção da vacina Butanvac nas fábricas do Instituto Butantan, e garantiu que o estado terá capacidade produtiva para entregar 40 milhões de doses do imunizante ao Programa Nacional de Imunizações (PNI) no segundo semestre deste ano.
Os recursos para a produção foram obtidos a partir de repasses do governo estadual e do Fundo do Instituto Butantan. Durante o anúncio, João Doria (PSDB) afirmou que a medida foi tomada com base em “senso de urgência, seriedade, humanidade e atitude”.
Ele reiterou os pedidos feitos à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para que seja célere na análise da vacina e cobrou que o órgão adote os mesmos critérios elencados pelo governo paulista.
De acordo com João Doria, o instituto iniciou hoje a produção de 1 milhão de doses do imunizante. Ainda segundo o governador paulista, o estado entregará 18 milhões de doses da vacina até a primeira quinzena de julho, data prevista para conclusão do processo de análise das características do imunizante pela Anvisa e entrega do parecer sobre a permissão para uso emergencial, ou definitivo.
A Anvisa, no entanto, informou na terça-feira (27) que os documentos necessários para concessão da autorização de testes clínicos em humanos estavam incompletos.
A Butanvac é desenvolvida com a mesma tecnologia utilizada na vacina contra a gripe e, segundo o Instituto Butantan, conseguirá neutralizar a variante P.1 do coronavírus. A organização estuda meios dela ser produzida para imunizar a população com apenas uma dose.
A vacina Butanvac será desenvolvida a partir da modificação genética da estrutura básica do vírus que se expressa na proteína S. O Butantan avalia que a utilização da mesma tecnologia utilizada na vacina contra a gripe pode baratear os custos de produção e aumentar o potencial de imunização, além de ser adaptável no combate a eventuais novas variantes do vírus.