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    Hemorio identifica aumento de anticorpos contra Covid-19 em doadores de sangue

    28% das pessoas que estiveram no instituto nas últimas duas semanas já desenvolveram anticorpos contra o novo coronavírus

    Da CNN, em São Paulo

    O resultado de uma pesquisa inédita do Hemorio, ligado à Secretaria da Saúde do Rio de Janeiro, mostra que houve um aumento da presença de anticorpos contra a Covid-19 na população do estado. Amostras coletadas em doadores de sangue indicam que 28% deles, que estiveram no instituto nas últimas duas semanas, já desenvolveram anticorpos, contra a taxa de 4% registrada na segunda quinzena de abril.

    Os dados obtidos foram analisados por cientistas da secretaria, da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Até agora o estudo foi realizado com 7.286 pessoas e a intenção é que os testes continuem sendo feitos, até o final de julho, com pelos menos mais 3 mil doadores. O Hemorio é o instituto responsável pelo abastecimento de sangue das principais emergências, maternidades e unidades de saúde.

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    O diretor do instituto, Luiz Amorim, ressalta que a amostragem de doadores não representa a população como um todo, uma vez que pessoas com mais de 69 não podem doar sangue. “Mostra que na população de doadores de sangue, o contato com o vírus, e a consequência do desenvolvimento de anticorpos, foi muito grande. É um dado que nos surpreendeu muito”.

    No entanto, Amorim diz que não é possível afirmar sobre a garantia de uma proteção a longo prazo, já que a produção de anticorpos é por um tempo reduzido. “Não sabemos a quantidade de anticorpo que a gente está transfundindo e, também, esse anticorpo vai desaparecer depois de um tempo relativamente curto”.

    Luiz Amorim explica que não há risco para quem recebe a coleta sanguínea, uma vez que o instituto faz uma análise a fim de checar se há a presença do vírus no sangue. Segundo ele, quem já desenvolveu os anticorpos, certamente já teve contato com a Covid-19, mas na maioria dos casos, já não está mais com o vírus no corpo. 

     

     

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