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    Fiocruz tenta aumentar capacidade de produção para compensar atraso de insumo

    Informação consta de resposta enviada pela instituição aos questionamentos feitos pelo Ministério Público Federal

    Leandro Resendeda CNN

    Para compensar a demora no recebimento da matéria-prima para produção da vacina de Oxford/AstraZeneca contra a Covid-19 no Brasil, a Fiocruz avalia alternativas para aumentar sua capacidade produtiva e, assim, conseguir processar até 26 milhões de doses por mês. A informação consta de resposta enviada pela instituição aos questionamentos feitos pelo Ministério Público Federal, revelados pela CNN na semana passada. Além disso, há uma negociação com a AstraZeneca para tentar compensar os atrasos, que prejudicaram a imunização no Brasil. Pelo plano inicial, era para o país já estar usando 15 milhões de doses do imunizante.

    O laboratório Bio-Manguinhos, onde estão sendo produzidas as vacinas, “avalia internamente alternativas para aumentar sua capacidade produtiva, utilizando 2 linhas de envase trabalhando de forma simultânea”. Isso fará, desde que esteja disponibilizado o Insumo Farmacêutico Ativo (IFA), a Fiocruz cumprir a meta de entregar 100,4 milhões de doses para o Ministério da Saúde até o primeiro semestre. 

     

    Doses de vacina Oxford/AstraZeneca
    Doses de vacina Oxford/AstraZeneca, desenvolvida em parceria com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), chegaram a Curitiba (23.jan.2021)
    Foto: CASSIANO ROSÁRIO/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO

     A pedido do MPF, a Fiocruz encaminhou os cronogramas de produção que valiam antes dos atrasos da chegada do IFA ao país. Pronto para ser exportado da China para o Brasil desde o dia 10 de dezembro do ano passado, o insumo só veio para a Fiocruz no dia 6 de fevereiro. O cronograma inicial previa que o IFA já estivesse no Brasil, no mínimo, em janeiro. Sem atrasos, a instituição já estaria produzindo neste mês o segundo lote de 15 milhões de doses da vacina – o primeiro era para ter sido entregue ainda em janeiro. 

    No documento enviado ao MPF, a Fiocruz também informa que há “negociação constante”com a AstraZeneca para “compensar o atraso das remessas de janeiro ocorrido em função de problemas de obtenção da licença de exportação junto ao Governo da China”. Faz parte desta negociação, de acordo com a apuração da CNN, a compra de doses prontas da vacina de Oxford via Instituto Serum da Índia. No último dia 12 foi fechada a aquisição de 2 milhões de doses do imunizante, parte de uma negociação que pretende trazer até 10 milhões de doses até o final do mês que vem.

     

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