Caio Junqueira: Omissão do Congresso amplia protagonismo do STF
Desde a vitória de Lula nas eleições, embates do Supremo deixaram de ser com o Poder Executivo e foram contra o Legislativo
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O país passou quatro anos assistindo a um duro embate entre o Palácio do Planalto sob Bolsonaro e o Supremo Tribunal Federal.
Lula ganhou a eleição e, desde então, a relação entre o Executivo e o Judiciário se distensionou a ponto de virar quase que uma aliança política.
E o embate passou a ser outro: o do Congresso Nacional com o STF.
Os movimentos até agora ainda são incipientes, mas basta conversar com qualquer deputado e senador para se verificar que a indisposição deles com o Supremo está posta.
O motivo? Só neste mês o Supremo tratou de pelo menos três temas sensíveis que o Congresso considera serem seus: drogas, terras e aborto.
A dúvida é se estamos diante de um Congresso omisso que faz o Supremo avançar sobre suas competências ou se temos um Supremo cada vez mais político.