Correspondente Médico: O que é e como funciona o imunizante em vacinas?
O neurocirurgião Fernando Gomes fala sobre a Coronavac e os resultados dos testes clínicos
O estado de São Paulo deve receber, já em outubro, 6 milhões de doses da vacina Coronavac – que está sendo desenvolvida pelo Instituto Butantan em parceria com a farmacêutica chinesa Sinovac.
O anúncio foi feito pelo secretário estadual da Saúde de São Paulo, Jean Gorinchteyn, em entrevista à CNN neste domingo (20). Até o fim do ano, o estado deve produzir outras 40 milhões de doses, já que o instituto vai passar a produzir o imunizante da Coronavac.
Na edição desta segunda-feira (21) do quadro Correspondente Médico, do Novo Dia, o neurocirurgião Fernando Gomes explica o que é e como funciona a ação do imunizante em produção de vacinas.
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“Sempre que você coloca uma substância em contato com o corpo físico e isso faz com que o sistema imunológico, a produção de anticorpos e até a imunidade sejam desenvolvidas, a gente dá o nome de imunizante”, esclarece ele.
De acordo com Gomes, trata-se de uma “parte importante da composição da vacina” e que, diante disso, o anúncio de Gorinchteyn demonstra um cenário positivo para o Brasil.
“Podemos ficar com uma boa impressão, pois se estão aumentando o número de doses é porque os resultados, que devem chegar no meio de outubro, são satisfatórios, com uma imunização de mais ou menos 94,2% depois da primeira dose, e mais de 97% após a segunda”, disse ele, que classificou os indicadores como “um bom resultado”.
À CNN, Gorinchteyn ainda acrescentou que, se tudo correr bem nos testes clínicos da Coronavac, a vacinação contra a Covid-19 pode começar já em dezembro deste ano. “É muito possível que já estejamos começando a vacinação em dezembro ou, no mais tardar, em janeiro, dependendo apenas da análise técnica da Anvisa”, disse.
No entanto, esse cronograma depende do resultado dos testes clínicos, cuja fase 3 —a última etapa do estudo— se encerra em 15 de outubro. Gorinchteyn, porém, se mostra otimista, e disse que as pesquisas estão dentro do cronograma e a imunização tem se mostrado “muito segura”.
(Edição: André Rigue)