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    Para frear movimento em SP na pandemia, prefeitura adota blitze sanitárias

    Semelhante a blitze da Lei Seca, agentes medem a temperatura e orientam motoristas

    Pedro Duran, , da CNN, em São Paulo

    Contra a queda no isolamento social para prevenir a proliferação do novo coronavírus, a prefeitura de São Paulo vai adotar blitze sanitárias para bairros considerados críticos. A administração municipal avalia positivamente os primeiros resultados da operação realizada nesta segunda (27) na avenida Radial Leste, via de maior circulação na zona leste da capital.

    A próxima etapa será expandir para a zona norte, provavelmente em um bairro como Brasilândia ou Freguesia do Ó, onde há maior número de mortes por COVID-19.

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    A nova investida pra frear a queda nas taxas de isolamento é uma ação conjunta de cinco secretarias. Agentes de saúde usam equipamentos para medir temperatura e pressão de motoristas com o apoio da Guarda Civil Metropolitana e da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET). O modelo é semelhante ao da Blitz da Lei Seca, organizado pela Polícia Militar.

    Não há qualquer tipo de punição aos motoristas. As pessoas que tem sintomas da doença são encaminhadas aos locais destinados para o atendimento. Já os outros motoristas são apenas orientados sobre a importância do isolamento social e da quarentena.

    Neste domingo, a prefeitura entregou a nova ala do hospital M’Boi Mirim, na zona sul, que agora tem 514 leitos exclusivos para o coronavírus, o maior da América Latina. Na UTI o hospital agora conta com 234 leitos, mais que os 200 do Hospital das Clínicas, que liderava a contagem. Só que a expectativa dos gestores locais é que com a baixa taxa de isolamento, os leitos no M’Boi Mirim sejam ocupados em cerca de três dias.

    Representantes da prefeitura que estiveram neste domingo na inauguração dessa nova ala do hospital disseram à CNN que a circulação intensa de pessoas no bairro que fica no extremo sul da cidade, impressionou a comitiva da prefeitura.

    Em reuniões internas, o prefeito Bruno Covas (PSDB) tem demonstrado mais interesse em investir em ações de caráter mais educativo, mas uma ação mais contundente para desmobilizar eventuais aglomerações provocadas por festas e bares continua em análise. 

    Covas se reuniu com os secretários municipais na tarde desta segunda e aprovou o teste da blitz sanitária. A decisão foi expandir o modelo para outros pontos da cidade. Na terça-feira (27) de manhã, os funcionários da prefeitura estarão acompanhados da GCM (Guarda Civil Metropolitana) em uma via de grande movimentação da zona norte e outra no extremo sul da cidade. Eles projetam ampliar a iniciativa para mais pontos ainda nesta semana. 

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