Sampaoli avalia ambiente do Flamengo: “Há muita tensão”
Após o empate com o Goiás, técnico argentino avalia momento vivido pelo clube dentro e fora de campo
Em campo, o Flamengo segue sem convencer e empatou sem gols com o Goiás, nesta quarta (20). Fora das quatro linhas, o clube foi impactado por mais um caso de violência, dessa vez envolvendo Marcos Braz e um torcedor. O técnico Jorge Sampaoli admitiu que há “muita tensão” no ambiente.
O argentino foi questionado sobre os episódios de violência recentes no departamento de futebol. Para Sampaoli, as agressões são “fatos isolados”, os quais fogem ao seu controle.
Contudo, o treinador admite que ambiente de pressão tem impacto no desempenho da equipe.
“São fatos isolados (casos de agressão), não tenho como controlar isso. Diagnóstico que faço do que está acontecendo tem a ver com o fato de o Flamengo nos últimos anos ganhou muita coisa e este ano é um ano complicado. Foi muito complicado antes da minha chegada, tivemos um tempo de crescimento, agora o time caiu um pouco. E a pressão é muito grande, então há muito nervosismo.
“Esse nervosismo passa para o jogo, passa para a maneira de resolver uma jogada, há muita tensão. Acho que isso não ajuda”, afirmou Sampaoli, antes de responder se tem o comando da equipe. “Eu tenho o comando do time que joga. O que acontece fora de campo não me interessa e eu não comando”, respondeu o pressionado treinador, que dirige o Flamengo desde abril.
Confira outras respostas do técnico Jorge Sampaoli, do Flamengo
Avaliação da partida com o Goiás
“Jogo foi favorável para o Flamengo, teve o controle os 90 minutos. Faltou um pouco de profundidade e criatividade no último terço (do campo) com tanto domínio. Contra um time que se defende muito bem, nos últimos nove jogos não sofreu muitos gols, então valorizo o desenvolvimento do jogo. Lamentavelmente não tivemos precisão para definir o jogo.”
Erros de passe
“O último passe o time não acontece. E tem muita vantagem nesse espaço para dar esse último passe. O time está falhando aí, na assistência. Então o centroavante fica um pouco isolado do jogo. Essa é uma conclusão que o Arrascaeta é quem mais tem capacidade para isso e não está. Individualmente o time sente a falta dele.”